Olá, se você clicou aqui, é porque se interessou pela história; título? A sinopse? A imagem da capa? Não sei o que te trouxe aqui, mas sei que veio para ler algo. Eu sou a narradora dessa história, e se me permite, começarei sem mais delongas essa história.
Estava noite, uma das noites mais frias do inverno de Londres, ninguém ousava sair de casa aquele horário, ainda mais com o jeito que a neve caía, a maioria das pessoas de Londres estavam confortáveis em suas casas, com lareiras acesas, e cobertores quentes, eu digo a maioria, pois existe, caso você não saiba, moradores de rua, e naquele instante muitos estavam morrendo de frio, mas vamos focar em apenas dois deles; duas crianças para ser mais exata.
A mais velha dessas crianças era um garotinho de apenas oito anos de idade, o cabelo dele era tão branco quanto a neve, seus olhos azuis espelhavam cansaço e medo, o medo de morrer ali no frio; e a mais nova dessas era uma garotinha de cinco anos de idade, uma gracinha, seu cabelo era da mesma cor que o cabelo do menino, já seus olhos, eram de um castanho claro.
O mais velho segurava a mão da mais nova que, caso eu tenha esquecido se mencionar, era sua irmã.
O que aconteceu com os pais destes órfãos não é relevante para a historia ainda, por isso o foco está agora nos pequenos seres humanos na neve das ruas de Londres.
Enquanto as duas criancinhas andavam em busca de um abrigo para passar a noite e tentar não morrer de frio, eles viram uma silhueta indo em direção a eles, para a proteção de sua irmã mais nova, o garoto a colocou atrás dele, a escondendo (ou achando que estava escondendo) do que quer que fosse aquilo.
Ao se aproximar mais, o menino percebeu que se tratava de um homem, alto de barba desgrenhada, usando um gorro de neve e óculos.
O menino deu um passo para trás, então o homem se abaixou na frente dele.-O que crianças como vocês estão fazendo sozinhas a essa hora e neste frio?
O homem perguntou em um tom de voz que parecia até preocupado.-Não te interessa.- Disse o menino dando mais um passo para trás.
-Oh…- O homem disse quando o menino deu um passo para trás.- Desculpe ter chegado assim…- Sorriu.-Me chamo Louis, como vocês se chamam?
O pequeno estava preparado para dar uma resposta seca ao homem que se nomeava Louis, mas a menina foi mais rápida.
-Meu nome é Charlotte, e o nome dele é Merlin.- A garotinha deu um sorriso gentil.
Sinto em lhes informar, mas antes que vocês se apeguem a esta doce garota, preciso dizer que logo ela será brutalmente assassinada pelo homem gentil à frente dela. Não, não fique surpreso, você sabia que isso iria acontecer, até porque a pequena Charlotte não tem o poder do protagonismo.
Sem mais delongas vamos prosseguir a história:Merlin fez uma careta para Charlotte, mas parece que ela não entendeu o que ele queria dizer, ainda era inocente demais.
-Merlin e Charlotte?- Começou o homem gentil.- Hm, que nomes bonitos, vocês devem estar morrendo de frio. Venham comigo até a minha casa. Lá está bem quente, e uma lareira acesa.
-Claro! - Exclamou Charlotte sorridente.
-Que não. - Merlin a cortou. Segurou o braço de sua irmã e a puxou com ele se afastando do homem.
-Por favor, Irmão! Eu estou com frio, e com fome, mamãe e papai não vieram nos buscar, é só enquanto eles não vêem.
Merlin parou, a irmãzinha havia tocado numa ferida, Merlin sabia que os pais deles haviam morrido, mas Charlotte não. Merlin não criara coragem de dizer a ela que eles nunca iriam voltar.
-Eu acabei de fazer uma janta deliciosa lá em casa.- Louis falou ainda sorrindo para os dois.
Merlin olhou para sua irmã, os olhos castanhos brilhantes aparentavam cansaço e até era perceptível a esperanças neles também.
Merlin cedeu, faria qualquer coisa por sua irmãzinha.
O sorriso do homem aumentou mais ainda, tornando-se quase um sorriso sádico. Louis se levantou.
-Gostam de frango assado?+ - x ÷
A casa de Louis não era grande, mas um delicioso cheiro invadiu o nariz das crianças enquanto fazendo seus estômagos roncarem mais do que nunca. O calor aconchegante da casa, fez com que esquecessem facilmente do que era o frio.
Não demorou muito para eles comerem, e pulando a parte chata de confraternização e como Charlotte ficara feliz de ter comido bem pela primeira vez em dias, e de como Merlin baixou a guarda e passou a confiar em Louis. Vamos para a parte mais interessante.
Naquela madrugada, Merlin acorda numa cama no quarto de hóspedes, sua irmã estava deitada na cama do lado da sua, ou era pra estar. Merlin não a viu na cama e decidiu procurar pela casa. Louis estava trancado em seu quarto, Merlin supôs, ele andou por toda a casa, e não encontrou sua irmã; preocupação foi o que tomou conta da pequena criança.
Ele correu até o quarto de Louis para pedir ajuda, para ele, sua irma havia fugido para o lado de fora, mas quanto mais ajuda melhor, e o Louis era a única ajuda que ele poderia ter, pelo menos era o que o pequeno Merlin pensava.
Ele bateu na porta com toda a força mas não houve um impacto forte, pois a porta do quarto de Louis estava aberta.
Sem pensar duas vezes entrou.
-Louis! Minha irmã…
Merlin calou-se, você já deve saber o que ele viu, mas vou dizer mesmo assim.Havia sangue nas mãos de Louis, alguém pequeno estava deitado no chão imóvel, Merlin percebeu imediatamente que era sua irmãzinha, apesar de que o corpo dela estava totalmente mutilado e quase irreconhecível, e seu rosto não estar diferente, Merlin reconheceu aqueles olhos, a única diferença e que naquele momento eles não tinha esperança… nem vida.
Paralisado, o olhar de Merlin se encontrou com o de Louis, os olhos gentis estavam completamente diferentes, suas pupilas dilatadas e todo aquele perfil de um psicopata após matar a vítima que ele tanto queria, um sorriso estampado no rosto.
-Agora é sua vez Merlin…
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Três Pontos
ActionTrês pontos. Por quê esse nome? Saberá apenas se ler a história. Conta a história de um rapaz, que na sua infância perdeu não só uma, mas três pessoas importantes na sua infância, mas apenas a morte de uma fez com que se culpasse e se sentisse amarg...