II

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Felix está deitado próximo ao peito da garota.

O frio da floresta começa a ferir o rosto da garota ainda inconsciente.

Felix acorda.

Algo se aproxima deles.

Um homem e uma mulher, ambos com capuz sobre a cabeça se aproximam da menina.

O homem a pega no colo e a leva.

...

-Frida... Por favor, siga minha voz. Quando eu contar até três, você irá acordar.

Um...

Dois...

Três...

Frida, como você se sente?

A garota acorda. Ela está em uma cama com lençóis verdes. É um lugar desconhecido. Parece um consultório.

Em frente a cama tem um homem sentado numa cadeira verde com uma prancheta nas mãos.

-Eu estou bem... Eu acho. Apenas um pouco triste.

-Tristeza é algo que todos carregam consigo.

-Eu... Eu realmente gostaria de descobrir quem matou meus pais...

-A polícia está trabalhando nisso.

-Eu encontrarei meu gato e o assassino.

-Seu gato está desaparecido... É impossível encontrá-lo agora. Mas agora, eu tenho algo para você Frida.

- O que?

-Olhe na mesa, tem um pequeno pacote para você.

Frida levanta da cama e olha para o lado. Uma mesa de madeira com uma máquina de escrever em cima e um pequeno pacote ao lado da máquina.

-É da tia Márcia. Pegue.

-Era a bolsa da minha mãe...

-Abra. Tem algo aí dentro.

"Querida Frida.

Aqui está a bolsa que você queria tanto. Pensei que fosse melhor te dar.

Quando eu estava pensando em você, lembrei que você gosta de examinar objetos e combiná-los com outras coisas.

Espero que você pegue essa bolsa e sempre guarde nela tudo o que tiver uma utilidade para você. Nunca se esqueça que a criatividade é a melhor coisa que você tem.

Com amor, Tia Márcia."

-Ela está preocupada com você.

-Tia Márcia... Posso ir embora agora?

-Sim, você pode ir. Mas antes, é hora do seu remédio.

-Que remédio?

-Monx. Ele te fará ficar feliz e relaxada. Enfermeira! Estamos prontos...

A enfermeira entra na sala.

-Alguma novidade doutor Ben?

-Não. Apenas as mesmas visões de antes.

-Ah sim. Aqui Frida, tome seu remédio.

Ela estende a bandeja com um comprimido vermelho à garota.

Receosa, Frida pega e engole o comprimido. Segundos depois a garota começa a gritar.

A sala com paredes brancas agora possui paredes vermelhas. Manchadas do sangue das cabeças que caem do teto da sala.

Sangue.

Antes de desmaiar, a garota sente algo em seu ombro.

É uma mão. Ao virar para trás, a garota chega ao seu limite ao encarar um vulto disforme sorrindo maliciosamente para ela.

Frida desmaia.

frida/ Parte IOnde histórias criam vida. Descubra agora