1 janeiro 2018

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O ar continua abafado, desde a última vez que abri os olhos, mas desta vez há mais luz neste espaço, neste quarto delicadamente desarrumado, com todo o cuidado e atenção.
A persiana está entreaberta e dela saem raios pequenos e luminosos que me fazem, a muito custo, abrir os olhos. Ouço ao de leve umas vozes a chegarem até mim vindas de uma televisão, que está colocada por cima de um armário, por outros chamada de PRATELEIRA, que se encontra num canto do quarto onde estou agora.

Ao meu lado está uma pequenina criatura, uma menina delicada que se aconchega a mim, quando vê que o dia já está a nascer, uma silenciosa miúda, mas muito irrequieta. Começo então a observar, com os meus enublados olhos, o quarto em minha volta. A primeira coisa que me mais me chama à atenção, é a cómoda em frente da cama posicionada, que de um leve e suave castanho está pintada. Tem um grande espelho instalado, e muitos objetos, que, sem óculos,não consigo identificar.
Chego então a uma extremidade do quarto e deparo-me com a porta fechada. A porta castanha, com saquinhos de todos os tamanhos pendurados na maçaneta, faz-me mover o meus olhos para um piano de madeira castanha muito escura que, sempre muito limpo e isento de qualquer pó, se encontra naquela parede, ocupando grande parte da mesma. O piano encontra-se fechado, e por cima dele, ou seja, em cima dele, está disposta uma, pequena, coleção muito importante para a dona deste quarto, CUBOS MÁGICOS. Estão todos solenemente arrumados, limpos e organizados, porque são tão importantes para ela, como um qualquer disco dos THE BEATLES,é importante para um colecionador nato dos mesmos.

Ao lado deste piano encontra-se uma estante, da mesma madeira escura que o piano, também com objetos bastante importantes para ela. Um gira-discos, esplêndido e bastante admirável, e ao lado do mesmo, um peluche que eu própria lhe ofereci, numa data ridiculamente peculiar para nós.

Cansei-me de estar a observar objetos aleatórios, e rebolo na cama, tentando alcançar os meus óculos que se encontram na secretária preta e demasiado ocupada de coisas, que se encontra no lado esquerdo da cama. Esta secretária sempre foi muito admirada por mim, não sei porque, mas sempre achei que ela era esplêndida, adjetivo que sempre achei estranho ser possível de dar a uma secretária. O quarto dela é enorme e cheio de significado, mas, devido à minha tentativa falhada de conseguir encontrar os meus óculos, no meio daquela confusão organizada, sem me levantar da cama, decido então virar-me para a minha menina, e acorda-la com alguns carinhos e atenção.

Talvez mais tarde continue com esta "Análise" deste quarto, que tanto me diz hoje em dia, mas agora não. MAYBE NEXT TIME.

Desafio numero 1- Descrição de um lugar    

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