Dois Papais e Três Bebês ♡ NamJin

"Coloque seus chinelos ou fuja!!"

Apaixonar, casar e construir uma família; esses eram todos os meus planos. Sou muito bobo para achar que seria simples! Apaixonei pelo meu alfa certo com 24 anos, sendo que achava que ia me apaixonar com 15 anos. Casei com 26, achando que ia casar com 19 anos. Engravidei com 28 anos - na minha mente, iria *prelhar com 21!

Normalmente, dizem que quando você acha seu alfa certo é romântico, mas meu caso foi completamente o contrário. Irei confessar algo, mas isso só fica entre nós! Sempre passava por parques bem arrumado, esperando ser notado por algum alfa, talvez ele seria o alfa certo. Mas não foi assim que conheci meu marido, óbvio. O conheci em uma boate no centro de Seol. Na minha lembrança vaga e embaçada, só me vejo deitado em um sofá e o rosto de um homem me olhando. Não estou na balada.

- Você deu PT. Está na minha casa. Te vi jogado no banheiro da boate e fiquei com dó então, o troxa para cá - em minha lembrança, sua voz era distante e não seguia o mesmo ritmo de sua boca.

Minha cabeça doia como nunca! Quando me mexia - até nos mínimos movimentos -, ela parecia que ia explodir.

- Vou lhe trazer algum remédio - disse ele, se levantando.

Tentei dizer algo, mas apenas resmunguei algumas coisas que nem eu mesmo entendi. Ele riu.

Sinto tanta vergonha das minhas memorias sobre meu primeiro encontro com ele. Estava completamente imbreagado! Por que fez isso comigo, Deus seu cuzão?!

Minha próxima lembrança é "Nambo". Repeti essa palavra, prestando atenção em como soava.

- Não! Eu sou NamJoon. Kim NamJoon, não Nambo - corrigiu.

Esta bem. Já podem me levar ao inferno. Isso é tão vergonhoso!

Meu relacionamento com ele não foi baseado nisso - bebidas, PT e ir para casa de um estranho que seria seu futuro marido. Foi pior.

Quando minha cabeça já não doia mais, fui para casa. No dia seguinte, mensagens de um número desconhecido, me chamando para tomar café e conversar. Depois de uma semana ignorando, achando que era um tarado querendo meu corpinho lindo, descobri que era Nambo - o apelido pegou. Ignorei mais ainda. Não iria me permitir ter sentimentos por um cara que presenciou meu momento mais vergonhoso.

Foram um ano e meio de vacuo. Até que me deixei por desistir e sai com o bendito alfa.

- Você saiu com outros alfas nesse tempo? - sua pergunta soou mais clara, não como minha primeira lembrança dele.

- Obvio que sai - respondi.

Ele ficou quieto, me olhando desconfiado.

Silêncio... até um som de metal tremendo ecoar pela rua, e eu ouvir NamJoon gemer de dor. Olhei para ele. Estava esticado na calçada sem coragem pra se levantar, cobrindo um galo vermelho em sua testa.

- O poste, até afundou uma parte - comentei, rindo, enquanto o levava para casa.

- Tenho mania de quebrar algumas coisas - murmurou, segurando uma sacola de gelo em sua testa.

- Foi engraçado - admiti.

- E doloroso... - completou ele.

- Você está bem? - Estávamos na frente do portão do prédio em que ele morava.

- Sim - disse ele, tirando o braço de cima de meu ombro. Mexi o ombro dormente que tinha servido de apoio para NamJoon.

- Espero que em nosso próximo encontro, você não dê de cara com mais outro poste - ri.

- E terá outro? - Dei de ombros. Ele sorriu, ostentando os dois defeitos mais fofos que já vi: suas covinhas. - Até, SeokJin.

- Até, Nambo.