Capítulo 18

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A minha mãe repara nas luzes acesas e olha para mim, saindo logo de cima do homem que eu não faço a mínima ideia de quem é.

"Juliet, eu posso explicar."

"Mãe! Quem é que é este tipo!" já estou a gritar, o que é admissível. "Andas a trair o pai!?"

"Não, não ando. Isto nem se devia chamar trair, o teu pai nunca vem a casa, ele também anda a fazer isto! Ele abandonou-nos Julie." 

No preciso momento em que ela diz isto e eu não consigo dizer nada, o meu irmão desce as escadas com a cara mais ensonada de sempre.

"O que é que se passa aqui?"

"Tu!" dirijo-me a ele, apontando o dedo e empurrando-o ligeiramente "Tu tens estado aqui este tempo todo e não te preocupas minimamente com o que se passa à tua volta! Não te apercebeste que o pai nos deixou e que agora a mãe anda enrolada com outro! Só te preocupas em andar drogado 24 horas por dia!"

E claro, o atrasado, em vez de me contradizer, ri-se à brava, comprovando o que eu tinha dito.

"Eu tenho de sair daqui." E saio logo de casa, nem me preocupando em calçar os sapatos, a correr dos gritos da minha mãe.

Quem me visse diria que faço parte daqueles filmes, onde a rapariga de passa completamente e desata a correr para sabe-se lá onde. De repente estou na lateral do jardim da casa do Harry, a mandar-lhe pequenas pedras à janela para ver se ele me abre a porta. 

Ponto de vista do Harry

Estou no meu quarto, deitado na cama a olhar para o tecto, a pensar. Será que foi a melhor decisão começar a namorar com a Jooey? Claro que foi, eu amo-a, tenho de aproveitar enquanto posso. Onde é que eu queria chegar com aquela conversa com a Julie? Espero não lhe ter dado a entender que queria que deixássemos de ser amigos só por causa de inseguranças da Jooey porque, para além de ser impossível, é mesmo uma coisa que eu não quero.

Assim que eu me ia finalmente virar para dormir, começo a ouvir pequenos barulhos, acho que da janela. Levanto-me e dirijo-me a ela, abro as cortinas e olho para baixo, onde vejo uma espécie de sombra. Julie? Visto uma camisola, nem me preocupo com as calças, saio do meu quarto e silenciosamente corro até à porta, quase tropeçando nas escadas.

Assim que abro a porta vejo a Julie, ensopada. Nem me tinha apercebido que estava a chover... Quando ela olha para mim, eu vejo que ela está toda vermelha, olhos incluidos.

"Jules, o que é que se passa? Estiveste a chorar?"

Ela dá um rápido passo à frente e abraça-me, começando a chorar para a minha camisola, mas não me importo, abraço de volta e levo-a para dentro, fechando a porta atrás de nós. Começamos a subir as escadas e digo-lhe para entrar no meu quarto. O que é que será que aconteceu? Assim que ia entrar no quarto vejo a porta do quarto da minha mãe a abrir-se e ela a espreitar, mas faço-lhe um sinal para ela entrar e não se preocupar.

Quando entro no quarto vejo que ela já está sentada na cama, a tentar limpar as lágrimas com a manga do casaco. Eu corro até à casa de banho, pego numa toalha e dou-lha para secar o cabelo. Ela aceita, mas não me olha nos olhos, ela nunca foi grande fã de chorar à frente de pessoas. Eu sento-me ao lado dela na cama.

"Queres falar sobre o assunto, ou preferes ficar só aqui e dormir?"

"A minha mãe... E-Encontrei-a com outro homem... Ela diz que o meu pai nunca está em casa. Não faço a mínima ideia de quem é aquele homem... Porque é que ela não me disse nada? Porque é que tem de agir nas minhas costas? Porque é que eu já não consigo falar com o meu pai há tipo 3 meses? Para agravar a situação, o drogado do meu irmão passa a vida lá em casa e não se apercebe de nada!"

Best friends (Harry Styles FanFic)Onde histórias criam vida. Descubra agora