A Menina Na Janela

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No bairro da casa verde, aqui mesmo em São Paulo, se mudou para casa ao lado da de Pedro ha três meses, uma garota um tanto curiosa, Maria Rute, que morava com a vó, de nome Maria Eugênia, que prefira ser chamada unicamente de Eugênia, a neta era muito diferente da avó comunicativa e ativa na vizinhança. Dona Eugênia gostava de doar flores aos vizinhos, gostava de presentear os moradores da rua Sacra com vasos de petúnias, de gerânios e vez ou outra de tulipas, esses exemplares magníficos da flora ela mesma cultivava numa estufa nos fundos da casa.

A casa em que moravam as duas mulheres, tanto a mais nova quanto a mais velha, era do estilo antiga, tinha três andares, um telhado avermelhado e vistoso, com grandiosas clarabóias e janelas que se pareciam com vitrais de igreja. Para Pedro a casa tinha muita influência da arquitetura alemã, e um tanto do estilo americano também. A casa antes de ser habitada estava vaga por 2 anos, os mau elementos da vizinhança iam sempre para lá para "zoar" na casa, quebravam janelas com pedras, pixavam a faxada e até davam festas de arromba (isso ocorreu duas vezes), depois de ser vendida, ficou dois meses em reforma, pintaram a fachada da cor de creme de milho, e pintaram as abas das janelas de um vermelho terroso assim como o telhado e as janelas francesas da sala do primeiro andar.

A casa tinha além da estufa do quintal e do jardim de inverno (pra quem não sabe é um jardim dentro da casa), o jardim da frente, esse tinha uma fonte, que fora um capricho adicionado pela mais jovem, isso deduzia Pedro, o vizinho. A fonte era larga, mas não tão grande quanto às dos parques e praças, era uma fonte com uma ninfa nua ao estilo grego antigo com o cabelo penteado em tranças, ao redor da ninfa foram plantadas rosas e arbustos, que dentro dos três meses já estavam grandes e vistosos, das rosas ali, nenhum dos moradores da vizinhança receberá um único vazo.
Quando a mãe de Pedro, dona Karina, recebera um vaso de tulipas azuis, recebera junto o já esperado convite para tomar um café com bolo à tarde no dia seguinte.

Havia aceitado por educação, e também por curiosidade, todos da vizinhança tinham curiosidade de entrar na casa das duas mulheres e saber como era por dentro. Pedro havia se contido a primeiro momento, não estava em casa quando Dona Eugênia havia entregado a gentileza de cor azul à sua mãe, mas quando soube do convite para ir tomar um café, informara a mãe que iria com ela na casa da vizinha para tomar o café, Karina que era nada boba logo percebeu uma segunda intenção no interesse do filho na visita e disparou:

- não sei se a ruivinha vai estar lá no dia... - disse enquanto se virava e colocava a louça do jantar na pia - não se encha de espectativas

Pedro ignorou a mãe e foi para o quarto, antes de se jogar na cama e ficar no celular até pegar no sono, como geralmente fazia as sextas feiras em que não saia com os dois melhores - e únicos - amigos, se virou para a janela para tentar ver a misteriosa garota.
Ele não estava apaixonado por ela, ainda não, mas sabia que com um sorriso, um gentil "olá" ou uma outra qualquer palavra trivial ele se apaixonaria. A garota, a vizinha Maria Rute, ela o intrigava, havia algo nela que fazia todo e qualquer homem na vizinhança a desejar (e algumas mulheres também), talvez fossem os olhos claros e frios, ou os lábios pequenos e corados, as sardas no nariz, os cachos acobreados, talvez as roupas que ela usava, que eram roupas diferentes de qualquer vestimenta adolescente, ou talvez fosse o simples fato de ela nunca ser vista fora dos limites de sua casa.

Uma vez Pedro a vira no jardim, regando com o regador as rosas enquanto falava baixinho com elas, depois de regar as rosas ela se deixou cair sobre a grama e ficou por olhar as nuvens enquanto acariciava o gato preto que a acompanhava. Pedro a observava sempre que tinha chance, nunca passava mais que mínimas duas horas de seu dia imaginando como seria a voz de Rute, sim, Rute. Ele acreditava que ela preferiria ser chamada assim, pois para o vizinho, o nome Rute era mais pessoal e tinha mais personalidade que o nome Maria, para ele, claro.

Foi então que ele a viu, e logo se abaixou pois havia percebido que já havia um tempo que ela estava ali, e ela podia estar o olhando fixamente da mesma forma como ele olhava para sua janela, janela que por coincidência ficava na direção da janela de Pedro. Rute estava sentada na cama lendo com seu gato no colo e usando fones de ouvido, sua cama era king size forrada de branco com almofadas e bichos de pelúcia pretos e lilases, o papel de parede imitava tijolos e pendentes de cor cobre que iam do teto até os criados mudos.

Ela ergueu o olhar quando ele desesperadamente se jogou no chão, foi então que ela se levantou e fechou as cortinas, impossibilitando a tradicional espiada noturna de Pedro.
Para Pedro aquilo fora um grande pico de adrenalina, seria a coisa mais empolgante e "perigosa" que fizera nos últimos anos, Rute poderia tê-lo visto, e isso tornaria as coisas mais empolgantes no dia seguinte, durante o café com bolo de dona Maria Eugênia.

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Ooooola pessoXs como vao? Turubom? Espero que sim meus amores sz

Primeiro capítulo bem curtinho mXm pra dar um suspense (espero ter conseguido), comentem esse cap e votem (caso tenham gostado), espero que eu consiga fazer uma boa história encima do que está na minha ~grande~ cabeça.

Obrigado pela atenção e visualização <3 espero que gostem, e como disse antes se gostarem votem e comentem (correções, dicas, sugestões e o que quiserem), isso tudo ajuda na visibilidade da história, recomendem para amigos <3

Bjs de luz mosamoris >3< (isso é uma carinha mandando bjs fofos e fortes e apaixonados)

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