Dinah

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  A aula tinha sido um tédio, logo bateu o sinal e fomos todos para o refeitório, eu não desgrudava um segundos de Scarlett, eu queria saber o que aconteceu com Camila, pois ela não era daquele jeito. Ao chegar no refeitório, caminhei até o balcão e peguei minha bandeja, coloquei ali apenas uma salada de fruta e um suco de uva, caminhei até uma mesa vazia ao lado de Scarlett e suspirei.
  — Não imaginei que seria assim. —falei olhando a ruiva.
  — Lamento.
  — É.. — suspirei e comecei a comer minha salada de frutas, logo ouvindo mais uma chuva de aplausos, e um grito de Camila.
  — Amigaaaaaa! — gritou a latina correndo para abraçar uma garota que havia entrado no refeitório, com a perna engessada. — Que saudade. Como você está?
  — Estou bem. — falou a garota que recebeu um selinho da susposta Lucy. — Senti saudades, amor.
  — Fiquei sabendo que colocaram outra em meu lugar. — a garota falou levando seu olhar até a suposta Ariana.
  — Eu não podia ficar sem um trio, Verônica. — disse Camila.
  — Saí daí, agora. — disse Verônica praticamente gritando com Ariana, que estava sentada na mesa das garotas. A pequena olhou para Camila com os olhos marejados esperando um apelo, no qual Camila obviamente daria.
   — Não ouviu garota? Saí. Finge que nem conhece a gente. — Camila gritou com a garota que saiu dali correndo e chorando, meu coração se apertou com aquilo, me fazendo apoiar os cotovelos na mesa e baixar a cabeça, colocando as mãos na mesma.
   — Não fica assim. — disse Scarlett. — termina de comer.
  — Perdi o apetite. — falei me levantando. — Você vem?
  — Pra onde vai?
  — Embora. Não estou preparada para ver isso. — disse pegando meu suco de uva.
  — Sozinha que eu não fico.
  — Falou a garota se levantando.

Caminhei em passos longos até Camila e a encarei, vendo a mesma desviar seu olhar para mim.
  — o que foi, caloura?
  — Você é um lixo, se transformou num verdadeiro monstro. — falei jogando todo meu suco de uva na garota, que se levanta de uma vez, levantando a mão para mim. — Não ouse triscar um dedo em mim, ou eu acabo com sua vida. — disse jogando o copo de plástico na garota e sai dali, puxando Scarlett.
  — Lauren, o que foi isso? — perguntou a ruiva impressionada, soltando gargalhadas.
  — Não me controlei. — disse dando de ombros e continuando a andar.
  — Lauren. — Ouvi uma voz me chamar, virei para trás e dei de cara com uma garota “loira”.
  — Meu nome. — Falei cruzando meus braços e encarando a morena, com expressão séria.
  — Me chamo Dinah, eu sei da sua história com Camila. — falou e me fez descruzar os braços.
  — Pois bem, 16 horas, no café ao lado da escola que fica aqui perto. — falei e a mesma assentiu, engolindo seco.
  — Até mais. — falou e eu assenti, tornando a sair da escola.
   — acreditou nela? — perguntou Scarlett.
   — Não sei. — falei sem a olhar e caminhei até a moto.
   — Pra onde vamos?
   — eu vou descontar minha raiva, do meu jeito. — falei e a mesma me olhou preocupada, dei de ombros e entreguei o capacete para ela, que logo coloca o mesmo.
  — E se não tiver ninguém? — Perguntou enquanto eu subia na moto e colocava meu capacete.
  — Tem que ter. — falei revirando meus olhos e liguei a moto, começando a pilotar em alta velocidade pra fora dali.

                           (...)

  — Simon, eu quero a ficha de alguém, agora. — Falei num tom alto, entrando de uma vez no quarto do rapaz, que estava transando com a Rebecca. — Porra, ela tem 22 anos, você tem 33. Isso é nojento, você será a minha próxima vítima de assassinato se eu continuar flagrando essa merda.
  — Calma, tenha modos, o quarto é meu. — falou Simon se cobrindo com o lençol, e fazendo o mesmo com Rebecca.
  — Relaxa Lauren, é só pra passar o tempo. — disse a loira.
  — Aham, ata. Enquanto isso, eu não posso me relacionar com ninguém, né? — falei extremamente brava e suspirei. — se vistam, eu quero a ficha de alguém em dez minutos, na minha mão. — disse saindo do quarto e batendo a porta.

Caminhei até meu quarto e suspirei ao ver que Justin havia tirado tudo dele dali, tranquei a porta e retirei minha roupa, coloquei minha legging e minha jaqueta preta, calcei meu tênis branco e sai do quarto, descendo a escadaria.

  — Albert Schweitzer, estuprou a filha de treze anos e depois a matou a facadas, se encontra nesse exato momento num bar, no fim da cidade. As demais informações estão aí. — falou Simon jogando a folha em mim, analisei a mesma e assenti. Caminhei até o escritório da casa e fechei a porta, afastei com um certo esforço a enorme prateleiras que havia ali e sorri ao ver a porta da melhor sala da casa, digitei o código vendo a porta se abrir, mostrando uma enorme escadaria, desci a mesma que era um pouco longa, e sorri ao dar de cara com mais uma porta, peguei a chave no bolso de minha jaqueta e a coloquei ali, logo girando a maçaneta e abrindo a mesma, dando de cara então com várias prateleiras cheia de armas diferentes, e de todos os tipos.
  Caminhei em passos lentos até a minha prateleiras preferida de facas, peguei um canivete, eu queria matá-lo da mesma forma como ele matou alguém. Suspirei e sai daquele lugar.

                          (...)
  Cheguei no tal bar e não estava tão movimentado, não demorei pra ver quem eu estava procurando
 

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