Capítulo 1 sem título

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" Há um milhão de vozes na minha mente, elas contam um milhão de histórias e em cada uma delas eu sou um vilão condenado" – Florbela Espanca

Park Jimin POV

O campo florido banhado pela luz do sol era magnífico, porém cada uma das rosas que estavam ali não possuíam cor, todas elas eram brancas e de alguma forma mortas, como se alguém tivesse as sugado a vida , mesmo querendo correr pelo campo minhas pernas não se moviam, eu queria fazer algo pelas flores, queria ajudá-las, talvez um pouco de água as fizessem voltar a cor normal

- água não ajudará – escutei uma voz sussurrar ao meu ouvido, não conseguia discernir de onde ela vinha e por mais que tentasse me virar para ver de onde vinha tal voz melodiosa parecia que correntes me prendiam

- elas precisam de sangue – a voz novamente sussurrou, dessa vez aparentava estar mais viva, senti um corpo forte me abraçar por trás, mesmo sabendo que aquela pessoa fazia uma força tremenda para me abraçar a preção que seu corpo fazia no meu era tão leve quanto uma pena, não conseguia dizer se existia alguém de fato ou era somente um vento, mas algo dentro de mim clamava por mais toques

- q-quem é v-você? – gaguejei e logo senti o vento frio tocar meu rosto e a paisagem mudou, o sol que antes era ensolarado se fechou e a chuva começou a tocar meu rosto, neste mesmo estante uma criança apareceu, correndo entre a chuva, não conseguia ver seu rosto, porém os fios rosas, dançavam enquanto ele se divertia na chuva, junto a ele estava uma borboleta azul, poderia facilmente ser o animal mais belo que eu já havia visto em toda a minha vida, e por um instante o instinto de correr junto a aquela criança atrás da suposta borboleta veio até mim, mas novamente as correntes se fizeram presentes

- você sabe quem eu sou, seu corpo reconhece o meu,você só precisa vir até mim Park – a voz sussurrou novamente, agora a pressão entre os nossos corpos aumentou consideravelmente, a ponto de sentir sua pele roçar na minha, e sua mão brincar com minha cintura

- como? – perguntei e escutei uma risada, estava entregue naquele momento aos braços daquela voz misteriosa, mesmo sem nunca ter visto seu rosto em confiava naquele ser como em ninguém antes, porque dentro de mim algo me dizia que ele era a chave, que ele era sincero, que ele existia, algo gritava em mim para que eu me virasse e encarasse seu rosto, mas eu sabia que não podia, nem teria tal força para vê-lo

- você saberá na hora certa meu amor, saberá como me encontrar, porque não importa o que tenham feito para nos separarmos, não podiam apagar nosso sentimento, não podiam apagar quem nos fomos, e não podem apagar quem você é – escutei a voz falar e novamente o sol se fez presente, naquele jardim suntuoso, a criança de cabelos rosas se sentou no chão, a borboleta azul posou sobre a criança que riu feliz ao receber atenção do inseto, rapidamente todas as flores mortas que estavam ao redor da criança tomaram uma coloração azul, tão bela quanto a borboleta

- como eu posso saber que irei te encontrar, onde esta? - perguntei desesperado ao sentir o toque daquele ser não mais presente, seu calor que antes me aquecia, agora gelava todo o meu corpo

- eu já disse que você saberá amor, então venha até mim , me resgaste, me ache, eu te espero a anos - escutei a voz falar mas ela estava cada vez mais distante, me virei em um momento de coragem para ver seu rosto, eu precisava acabar com aquele suspense que durava a anos, eu precisava ver pelo menos algo que me diga que ele era real, mas tudo que encontrei foram grandes asas azuis

Acordei suado na cama novamente, mais uma vez estava ali na minha cama encharcado de suor, assustado e sentindo o vazio, me sentindo sozinho, olhei para o relógio e faltavam uma hora para o horário de ir para o colégio, suspirei e sai da cama, não adiantaria rolar nos colchões a espera do sono, eu sei que ele não viria e também sei que não importa quanto eu tente aquela voz não vai sair do meu interior, fui até o banheiro e tirei minha roupa observando meu corpo no espelho do banheiro, mas meus olhos se atraíram até a marca no meu peito, aquelas iniciais que estavam gravadas como queimadura em mim, JJK, nunca soube como ou quando a consegue, eu só sei que naquelas noites quando acordava suado na cama ela pulsava, como se estivesse viva

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⏰ Last updated: Jan 09, 2018 ⏰

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