1. (Jimin POV's)

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Mais uma manhã onde tenho que acordar, tomar meu banho, me arrumar, imprimir mais currículos e pegar qualquer fruta da mesa pra comer no caminho, enquanto corro para a rua atrás de emprego. Uma manhã como todas as outras nos últimos 4 meses.
Sempre fiquei pulando de um emprego temporário para outro, e desde que perdi meu último a algum tempo não consigo encontrar nada novo. É isso que acontece quando se ignora os conselhos de sua omma e não faz faculdade.
Mas é melhor eu me apresentar da maneira certa não é? Então...
Meu nome é Park Jimin, tenho 21 anos e nasci em Busan, na verdade, "nascemos". Tenho uma irmã gêmea, Park Chaeyoung, que chamamos de Rosé (não me pergunte porque).
Apesar de nascermos juntos e tal, Rosé é a queridinha da casa, sempre foi, principalmente para minha omma, não só por ela ser menina ou ter se formado em Medicina, mas provavelmente por ela ser "normal".
Vocês não devem 'tá entendendo nada não é? Me deixem explicar:
Há milhares de anos dentro da família Park existe um tipo de "dádiva divina", se é que da pra chamar assim, onde todos os homens na nossa família nascem com uma força fora do comum.
Talvez você pense que isso é legal, é como ser um super herói, e tem várias vantagens e tal. Mas na minha opinião, eu daria tudo para ser normal.
Além de atrapalhar muito até aprender a controlar bem o poder (coisa que eu não sei até hoje), tenho que tomar um cuidado dobrado para não me aproveitar dele, ou usa-lo de maneira errada.
No momento em que eu usar minha força para tirar vantagem ou prejudicar alguém, ou acabar ferindo algum inocente eu a perco, e ainda posso sofre algum tipo de karma.
No caso do meu appa, ele acabou se deixando levar pela fama que ganhou, competindo com levantamento de peso em alguns campeonatos e até chegando a final das olimpíadas. Mas no último minuto, suas forças se foram e ele quase se machucou feio. Pra piorar tudo, o rosto dele encheu de feridas e espinhas. Como eu disse, karma.
No final das contas minha omma continuou noiva dele na época. E mesmo sabendo que bem no fundo ela o ama, ela insiste em dizer que só se casou por estar grávida de mim e de Rosé na época, e que o odeia por ter perdido a força e se tornado um perdedor, deixando nossa família com a vida simples que tem hoje, quando podíamos estar morando em alguma mansão em Seoul a essa hora.
Eu não ligo pra isso, na verdade amo minha vida apesar de tudo, não me falta nada, tenho uma boa família, alguns amigos... E ele...
Kim Taehyung, aquele que me tira o sono desde o fundamental quando se mudou para minha escola.
Ele nunca me deu esperanças, pelo contrário, sempre me tratou como amigo ou até irmão caçula, mas elas cresceram sozinhas, ainda mais depois de saber que ele era bi. Descobri isso quando ouvi ele conversando com um amigo no pátio da escola no primeiro ano.
Mesmo gostando da companhia dele, o que é muito raro de acontecer já que está sempre ocupado na delegacia, e quando nos encontramos está sempre com pressa, me deixa falando sozinho ou me da algum sermão, não consigo deixar de pensar como seria se fossemos mais que amigos...
Mas as chances de acontecer parecem cada vez mais distantes, ainda mais agora que ele está noivo. O nome dele é Baekhyun eu acho, não o conheço mas já nao gosto.
Mas é melhor pararmos de falar besteira, as coisas parem feias naquela rua.
Quando olho mais a frente, vejo um caminhão trancando a passagem da Rua. Era só o que me faltava.
Para piorar, há um ônibus escolar parado, e o motorista está apanhando de um homem de terno e mau encarado. Gangsters... Preciso fazer alguma coisa.
Deixei minha bicicleta no chão e me aproximei do mesmo enquanto tentava chamar a polícia pelo celular, mas fui parado por outro homem, esse era mais baixo e mais velho, magrinho e esquisito, mascava chiclete parecendo um boi mascando pasto, estava me irritando.
Quando pensei em falar com ele, o homem simplesmente tomou meu celular e jogou no chão, pisando em cima logo depois e rindo debochado de mim.

- Ei Ajusshi, por que está fazendo isso? Não vê o que aquele homem está fazendo com o senhor?

- E quem você acha que é criança? Não se meta no que não lhe interessa, e saia daqui antes que eu te bata também - Ele me empurrou, me fazendo cair no chão. Olhei para o ônibus e vi todas aquelas crianças assustadas olhando das janelas. Não podia deixar barato.

Me levantei, limpando meu moletom cinza e toquei o ombro do homem, que virou para mim com cara de poucos amigos. Quanto tentou me acertar um soco, segurei seu pulso e o torci, fazendo-o gritar assustado e soltar o senhor no chão.

STRONG MEN - PARK JIMINOnde histórias criam vida. Descubra agora