Orientações e cuidados da Igreja em relação a veneração das Imagens de santos

1.5K 40 10
                                    

Orientações e cuidados da Igreja em relação a veneração das imagens

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Orientações e cuidados da Igreja em relação a veneração das imagens

POR PROF. FELIPE AQUINO
11 DE JANEIRO DE 2018
DOUTRINA E TEOLOGIA

As imagens são lícitas, mas podem acarretar o perigo de exageros e abusos na piedade católica. Consequentemente as autoridades da Igreja sempre cuidaram do assunto.
Deste modo, os tipos de imagens utilizados no culto cristão nunca poderão ser inspirados unicamente pela estética ou pela devoção popular fantasiosa.

O Papa Urbano VIII em 1629 condenou a representação da Santíssima Trindade sob a forma de um tronco humano com três cabeças, por se tratar de uma aberração.
Em 1745, Bento XIV rejeitou a cena de três pessoas sentadas uma ao lado da outra para representar a Trindade Santa.
Uma das principais razões dessas reprovações é que o Espírito Santo nunca apareceu sob a forma humana.

A Igreja quer que a arte cristã, com a finalidade de representar as Pessoas Divinas, só reproduza elementos mediante os quais estas aparecem na História sagrada ou nas Escrituras:
ao Filho será representado como figura humana;
ao Espírito Santo só convém os símbolos da pomba (Mt 3,16) ou línguas de fogo (cf. At 2,3).
Quanto ao Pai Eterno, este é representado por um dedo ou uma mão, sinais de ação e poder citados pelo evangelista Lucas:
"Se é pelo dedo de Deus que expulso os demônios"
(cf. 11,20).
Ou pelo modelo de um ancião, inspirado na profecia de Daniel 7,9, que vê o Filho do homem adiantando-se em direção de venerável e antigo varão de cabeleira branca, sentado sobre um trono.

De modo especial, tendo em vista a catequese, os bispos franceses promulgaram algumas diretrizes que devem orientar a confecção de imagens para crianças.
Eis a conclusão final:

São desejáveis:

a) As imagens que eduquem a fé, isto é, que façam pensar nas realidades sobrenaturais e despertem autênticos sentimentos de fé e de piedade;

b) As imagens que levem em conta as reações da criança, e não a do adulto;

c) As imagens que sejam concebidas dentro de certa preocupação com a estética e não sejam feudo de alguma escola particular;

d) As imagens que não apresentem pormenores inúteis aptos a desviar do essencial a atenção das crianças;

e) As imagens que utilizem cor e movimentação, a fim de melhor prender a atenção e o interesse das crianças; todavia, sem exageros.

São desaconselhadas:

a) As imagens que tratem o Invisível com os mesmos traços concretos das realidades visíveis;
assim os anjos configurados, sem mais, a seres humanos;

b) As imagens que sejam capazes de impressionar e agradar, mas não suscitem sentimentos de fé e de piedade;
por exemplo, aquelas que apresentam os personagens sagrados com semblante de boneca ou com expressionismo humano carregado demais, como são as imagens da Virgem Santíssima em geral e as de São João Evangelista, na Última Ceia, produzidas por certos artistas do Renascimento do século XVI;

Textos Católicos Onde histórias criam vida. Descubra agora