Capitulo 3

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1 da manhã e ainda não consegui adormecer, as dores percorrem o meu corpo o que me está a torturar por completo, levantei-me devagar e vesti uma t-shirt que me chegava até a meio das cochas, umas legins e vesti o meu casaco, pûs o capuz e sai de casa, caminhei pelas ruas até chegar ao beco que eu amo... por meu espanto o Luke estava lá a um canto a fumar, não quis me sentar ao lado dele por isso sentei-me num banco que havia lá acendi um cigarro e comecei a brincar, deitando o fumo de cada vez fazendo pequenas nuvens. Estava nesta brincadeira quando o Luke se senta ao meu lado.

- Então Arler já nem se diz olá?

- Para quê? Não somos amigos nem nada.

- Tu é que sabes... tens seringas ai? Eu tenho produto.

- Não injeto á noite só vim aqui para relaxar um pouco.

- Tudo bem...Tira o capuz não estás na escola.

- Não quero.

- Qual é o problema?

- Nenhum! Porque perguntas?

- Calma, não queres tirar não tires.

Levantei-me devagar e caminhei até ao Michael para comprar mais umas ganzas, estava a pensar ficar ali a noite toda e talvez faltar ás aulas, voltei para perto do Luke e comecei a fumar outro cigarro.

-Mas Arler diz lá qual é o problema de tirar o capuz.

-Queres que tire eu tiro mas depois não faças perguntas!- Tirei o capuz rapidamente deixando o meu olho negro, os meus cortes e o corte profundo na sobrancelha á vista de todos o Luke olhou para mim espantado e eu dei-lhe um sorriso sinico.

-Ashley oque é que aconteceu?

-Disse para não fazeres perguntas, querias que eu tirasse tirei e agora prontos.

- Diz só o que aconteceu foi alguém da escola? Foi o Calum? Ou o Ashton?

-Nenhum deles, não interessa quem foi ele pode fazer o que quer, eu nunca o denunciarei.

- É um ele então, sabes eu vou descubrir.

- Okey, não me faz diferença nenhuma.

Levantei-me e fui ter com o Michael, ao chegar perto dele dei-lhe um encontrão e ele riu devido a ele nem se ter mexido, tentei empurra-lo de novo mas nao deu resultado.

- Fogo Michael pelo menos fingias.

- Não, eu quero que te sintas fraca.

- Michael...

- Mas és a minha fraquinha calma.

Ele abraçou-me e eu sorri ele tocou na minha cara e eu tirei a mão dele devido á dor.

-De novo... Ashley isso tem que parar.

- Não posso fazer nada, por mais que ele faça isto eu amo-o na mesma.

- Compreendo mas ele tem que parar, isto está a tornar-se mais sério, olha para essa sobrancelha.

- É só um corte eu já tratei disto.

- Sei muito bem que só passas-te água e disses-te que estava bom.

- Por acaso o meu irmão é que tratou de mim porque eu não consegui.

- Ainda bem, ele não apareceu mais cá deixou mesmo as cenas né?

-Sim isso é otimo para ele agora eu... 

- Tu és a miúda mais forte que eu conheci e sabes és fantástica.

Eu olhei para ele e sorri, fomo-nos sentar e ficamos a falar enquanto fumava-mos.

- Arler vou pintar o cabelo.

-De novo?! Para que cor?

- Loiro quero ser loiro de novo.

- Queres ser o meu oxisnada de novo?

-Quero, se não te importares claro. Minha morena de olhos verdes.- Começamos a rir feito uns loucos olhei para o relogio e já eram 4:00 da manha já estava ali há três horas e ainda não me fartei.

-Michael passa lá ai mais ganzas por favor.

Ele deu-me e eu dei-lhe o dinheiro a seguir, eu levantei-me meti o capuz e caminhei até ao fim do beco onde eu me custumava sentar com o meu irmão lembro-me de quando ele decidiu largar tudo e eu também tentei mas eu não consegui e isso é o que mais me irrita, continuei a fumar até que decidi voltar para casa já estava a fcar com sono.

* * * * * * * * * * * * *

- Ashley! Acorda, vai-te preparar para as aulas.

-Theo, não quero nem estou com disposição para isso doi-me o corpo todo.

-Deixa-me ver esse corte na sobrancelha.

Tirei a cabeça de baixo dos lençois e abri vendo o meu irmão a olhar para mim eu sorri e levantei-me para lhe dar um beijo na testa, ele sorriu para im e de seguida começou a tratar dos meus cortes eu sentia-me um criança.

-Ash se te magoar diz, mas olha devias começar a pensar se não queres mesmo ir viver com a Tia.

-Não te vou abandonar maninho.

-Se fores eu vou contigo.

- Não sou capaz de fazer isso ao pai... 

- Mas ele é capaz de quase te matar... eu não te entendo sabes Ash e um dia eu vou-me embora e tu vais ficar ai!

Ele saiu o quarto e bateu com a porta, eu fiquei a olhar para a porta enquanto uma lágrima me escorria pela cara, levantei-me e vesti uma t-shirt branca, um casaco preto com capuz umas jeans pretas com alguns buracos e umas vans brancas pûs o capuz, a raiva pelo o meu irmão estava a crescer, sai de casa a correr e dirigi-me ao cemitério ao entrar sentei-me perto da campa da minha mãe e ai...ai sim deixei com que todas as minhas mágoas se desfizessem em lágrimas eu não conseguia parar as lágrimas quando já via tudo turvo comecei a falar.

-Mãe...eu já não aguento mais a dor é tão grande, o pai já não é o mesmo, ele só sabe beber e fingir e quando precisa eu sou o seu saco de boxe, o Theo está sempre a dizer que vai embora e eu vou ficar sozinha com o pai. Eu não consigo largar as drogas e na escola... eu sou gozada por todos e ás vezes o Theo ajuda na tarefa deles. Ultimamente eu tenho conversado bastante com um rapaz lá da escola é novo mas é mais velho que eu, ele também é viciado mas ele percebe-me tão bem... mãe eu... o pai têm deixado-me cheia de marcas e algumas já são dificies de esconder... eu também me magouo a mim própia a tua morte foi complicada para todos mas agora tem sido cada vez mais dificil para mim... eu preciso tanto de ti eu quero a minha melhor amiga de volta.- Comecei a chorar mais uma vez e ali fiquei o dia todo não me queria levantar não tinha forças para isso, acabei por adormecer encostada a lápide da minha mãe e por momentos pareceu senti-la aconchegar-me como me fazia antes.

Terrible LifeOnde histórias criam vida. Descubra agora