Peço desculpas pelo uso de expressões repetitivas e desejo a todos uma boa leitura!
Achei que após alguns dias longe estivesse completamente recuperada do efeito que o moreno à minha frente me causava, doce engano. Seus passos lentos vieram em minha direção assim que abri a porta e antes mesmo que pudesse analisá-lo melhor senti uma mão firme segurar minha cintura puxando para perto, e os braços quentes que me rodearam trouxeram de volta os arrepios que sempre apareciam quando ele tocava em mim.
"Senti sua falta jagi" soprou ainda próximo a mim antes de dar meu sorriso favorito, aquele de moleque levado que ele parecia guardar só pra ocasiões especiais.
"Eu também senti a sua" respondi ainda um pouco tímida com a proximidade, que não parecia afetar nenhum pouco a confiança dele. Um beijo, próximo demais, ali do lado, bem no cantinho da boca.
"Você tem se cuidado direito?" me soltou voltando para o lado de fora.
"Sim, não há muito que fazer aqui então descansei bastante" respondi observando-o entrar arrastando sua mochila e uma pequena mala pela sala.
"Oh fico feliz que esteja bem disposta" despejou as coisas no centro da sala. "Talvez eu precise que cuide de mim" se aproximou novamente "Você acha que pode?" senti sua mão tocando meu rosto e automaticamente dei um passo à frente, mas assim que senti seu corpo tão perto ao meu me arrependi, dando um passo pra trás novamente, o qual foi acompanhado prontamente por meu namorado, deixando claro não ter a menor intenção de se manter afastado.
"Sim, do que você precisa?" minha voz não passou de um pequeno chiado
"Ah bebê... tudo depende do quão longe você está disposta a me deixar ir" observei-o mordiscar o lábio inferior e se afastar rindo.
"Eu preciso de um banho" foi a ultima coisa que o ouvi dizer antes de vê-lo levantar a blusa puxando a pela gola e me dar as costas subindo as escadas que levavam ao andar superior.
Maldito.
+
Já deveria estar dormindo há horas, mas por alguma razão meu corpo simplesmente se recusava a relaxar completamente, cansada de divagar pelos meus próprios pensamentos resolvi que ir até a conzinha para comer algo talvez fosse uma boa idéia para me distrair até que o sono viesse. Arrastei-me preguiçosamente pra fora do quarto caminhando pelo extenso corredor e descendo as escadas com o máximo de cuidado para não fazer nenhum barulho que pudesse atrapalhar o descanso do dono da casa, abri porta por porta de cada um dos armários procurando por qualquer coisa que não fosse chá, ou pequenas garrafas de suco, mas parecia uma missão quase impossível encontrar algo naquela cozinha, quando estava quase desistindo um pequeno barulho no andar de cima seguido de uma reclamação baixinha me fez notar que não era a única com problemas para dormir, porém a simples idéia de cruzar com o principal causador da minha insônia fez me apressar minha ida de volta para o andar de cima. Um pé atrás do outro, não faça barulho, é só cruzar a porta e fechá-la. Poderia ter ido bem se não trombasse com outro corpo na escuridão do corredor fazendo a voz rouca exclamar um "ei" próxima demais.