Eight Ways

Quero ficar sozinha

P.O.V   Alexia

Minha visão custou pra focar em quem estava parado na porta, quase cai pra trás. Meus pais me olhavam incrédulos estavam imóveis, ninguém ousava se mexer, depois que um louco passou gritando de cueca com estampa de emoji.

- todos pra fora. AGORA ! 

A voz grossa do grande empresário, dono de uma  multinacional  gigantesca que por acaso era meu pai, ecoou na casa e em segundos estávamos apenas eu, Taylor, Steve,  Auston e Emily Thompson na sala lotada de copos e garrafas.

- Eu espero do fundo do meu coração que os três tenham um bom motivo pra explicar isso.

- Ah pai vai dizer agora que sempre foi o adolescente certinho que nunca deu uma festinha escondido ?

Eu estava totalmente fora de mim, o queixo de minha mãe foi parar no subsolo quando disse aquelas palavras, tudo bem que ela estava
fazendo uma tempestade num copo d'água.

- Eu não dei este desgosto ao seu avô

- Que pena papai, imagina que engraçado ver você doidão.. "dinheiro quero mais dinheiro, oh guerreiro manda descer aquele uísque caubói" - Steve faz uma imitação precária de nosso pai.

- Isso é comprimidos de êxtase ?! Vocês estão ficando loucos ?

- Louco a gente já tá.

Taylor que até então estava calada, não conseguiu segurar o riso, a gargalhada dela parecia um urso engasgado.

- Beeeeeeeeeem louco, tão louco que tem gente aí que deu pra uma vareta, sério meu dedinho é maior que o pau dele. Eu não consigo acreditar até agora meu Deus.

Ela se apoiou nos próprios joelhos e Steve a acompanhou, dou um empurrão nela e ela cai de cara no sofá.

- Pelo menos eu não fiquei dando uma de David Guetta.

-  Meu senhor eu não sou obrigado a ouvir isso, os tres vão tomar um banho e descansar. Rezem pra que nenhum vizinho tenha chamado a polícia e isso acabe indo parar em revistas de fofoca, eu nem sei o que sou capaz de fazer com os vocês e Steve vai tirar essa... essa porcaria do corpo e esse batom nojento.

- Claro que você não quer que ninguém fique sabendo que seus filhos usam droga e que por acaso seu primogênito é V-I-A-D-O, entendeu VIADO !

- Lexie para pôr favor. - meu irmão se encolhe.

- Ah eu parar ? Quem tem que parar com esse preconceito é você pai. Steve  que deveri a ter nojo de você, nunca lembrou de nos dois, e agora por causa de uma festa e o fato do SEU FILHO SER GAY

Aponto o dedo na cara dele

- Sim *pai* seu filho é gay, seu filho chupa ro...

Foi tão rápido que custei pra perceber porque meu rosto ardia por causa de um tapa, depois as mãos fortes dele me seguravam e fui jogada no chão.

- NUNCA MAIS REPITA ISSO ENTENDEU ? NUNCA MAIS ALEXIA.

Ele saiu da sala pisando firme indo em direção a cozinha, deixando o choro da minha mãe ser um único som na  sala, todos nós estávamos imóveis. Depois do que pareceu uma eternidade senti os braços de Taylor e Steve me envolvendo.

- Vem vamos pro quarto.

O olhar de minha mãe cruzou com o meu, ela como sempre não disse nada muito menos faz nada. Nós três subimos às escadas ou cambaleandos pelos degraus. Deitamos na minha cama e encaramos o teto, eu chorava em silêncio. Taylor me olhava com pena e eu odiava aquele olhar, o silêncio desconfortável tomava conta do ambiente.

- Seu rosto tá vermelho. Quer que eu busque gelo pra você ?

- Quero que me deixam sozinha por favor.

- Tem certeza Lexie ?

- Vai Steve

- Eu vou pra casa então, fica bem xuxu - Taylor deixa o quarto junto com meu irmão me deixando finalmente sozinha.

Não sei exatamente que horas consegui pegar no sono nem quanto tempo dormi, so sei que acordei com uma puta dor de cabeça e um enjoou insuportável. Corri pro banheiro e me debruço na privada vomitando, eu sentia meu estomago queimar e a cabeça muito zonza, me deito no chão depois de dar descarga e tento voltar ao normal, tomo um banho e me troco.

Mando uma mensagem pra Tay pedindo que me encontrasse no cemitério da cidade.