Sereias Noturnas

Sereias Noturnas - Conto

Primeiramente tivemos permissão para colocar este belo conto aqui, não há nenhum print da permissão pois o mesmo pertence à uma de nossas Fanficters.

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— Mas pai, o que irei aprender se me isolar neste reino? As águas são imensas, deixe-me ir.

— Filha minha não vai sair daqui, estas são as ordens.

— Como quer que eu aprenda? Que evolua? Faz-me de tua prisioneira desde que nasci.

— És muito nova para sair sozinha nestas águas perigosas.

— Pai... Irei completar dezoito anos, não sou mais criança.

— Não é criança, mas és nova para esta terra tão perigosa, os humanos vivem circulando ao longo do mar, é muito arriscado deixar-te ir.

Belo começo... Uma discussão envolvendo eu e meu pai, que insiste em me ver como uma criança. Moramos nas águas do reino de Bellchiathe, sou nascida e criada aqui.

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➡ Bellchiathe.

Um reino...?

Irei explicar melhor o que é este reino, ou melhor, esta prisão. Todas as mulheres aqui são vistas como inferiores, fracas, seres sem muita evolução. Estou cansada de tudo isso do dia a dia, estou cansada dessas regras, não vou me acomodar.

O local foi descoberto em 1878, quando o primeiro tritão foi coroado alfa e criou o reino, trazendo descendências até os dias de hoje.

Teu nome era Dimitri, o poderoso Alfa da Lua. Eu minhas veias, corre seu sangue, de uma relação clandestina, entre Isabel e Dimitri. Proibidos de ficar juntos, por conta do poder existente, fugiram, proclamando auto exílio. Bellchiathe não poderia ficar sem uma monarquia, em seu comando, foi enviado Abi al-Sharif, que ficou no poder durante oitenta e oito anos, e assim, se formou a hierarquia azul, da qual minha família pertence, tendo meu pai como novo imperador.

Escute minhas palavras pai, estarei perante a ti quando o império cair, nossa revolta se tornará avassaladora, e Lucius, estará ao meu lado.
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➡ Centro da cidade.

Feirinha de artefatos...

Seis da tarde, meu plano passando pela cabeça. A ação ocorrerá hoje, assim que meu pai ir descansar, irei fugir.

Comecei a nadar, precisava encontrar Lucius, antes do poente alcançar o alto dos céus. Me esquivava da multidão animada com precisão, todos circulavam devagar, olhando cada detalhe da exposição, muitas vezes interessados em comprar algo.

Encontrei-o na rocha, ao lado de Stella, os dois sentados, conversando.

Como ela é provocante... Tudo bem, somos apenas amigos. Mas não é como se eu quisesse que fosse assim...

Entertida com os detalhes, fui até eles, Stella, visivelmente incomodada com a minha presença, deixava bem claro que não havia espaço para mais um alí, já Lucius, abriu um sorriso ao me ver.

— Oi Yuna! – Ele me olhou, de cima a baixo.

– Oi Lucius. – Eu sorri para ambos, mesmo sendo apenas para provocar.

Bem, por mais que eu queira arrastar ele para longe, não vou fazer isso.

Droga, precisava falar sobre o plano.