capítulo um

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Vitor

Como de costume, desci pra tomar meu café da manhã e verificar oque está acontecendo na favela

faz um mês que vim morar sozinho, mais tá brabo, pois tudo é um silêncio, não tem Vitória gritando com aquela voz irritante, Lucca e Flávio toda hora discutindo por causa de futebol, sem Layla pra ficar me perturbando e até mesmo sem a melação dos meus pais um com o outro

Sai de casa indo em direção a boca e encontrei 2P olhando uma papelada

- fala mano, tudo tranquilo? - assentiu

2P: Teu pai apareceu aqui, mais já ralo, pediu pra tu brotar lá

- beleza, tô indo, qualquer coisa passa o rádio

sai de dentro da boca, dei um alô pro vapor e subir na minha moto indo em direção a casa dos meus pais

Indo de um beco pra outro, vi Leyla e mesmo com a moto rápida pude ver o seu sorriso ao me ver, coitada é apenas mais uma que eu como

Desci da moto e entrei em casa já percebendo que Vic não estava, pois não se ouvia os gritos dela

- Fala família, bença mãe - beijei sua testa

Milena: Oi meu filho, Deus te abençoe - sorriu

- Cadê todo mundo?

Milena: Teu pai foi levar Vic pro curso e Layla pra escola - assento e me sentei me jogando no sofá - Deixa de ser folgado

- Sinto saudades de vocês, lá é tudo muito calmo

Milena: Não era pra você ter saído daqui, ninguém aturava mais os surtos de Victória que você - rimos

- Cadê Lucca e Flávio que não estão aqui jogando videogame?

Milena: jogando bola

- Havia me esquecido, gostam muito

Milena: Já tomou café? Fiz um bolo de chocolate maravilhoso

levantei do sofá e fui com minha mãe caminhando até a cozinha

- O cheiro tá bom pra caralho

Milena: Olha a boca porra - riu

- Você chama minha atenção xingando? eita - me mandou língua

peguei um pedaço de bolo e coloquei na boca, minha mãe sabia fazer as coisas bem, eu amava esses bolos e as comidas

- Vou pegar algumas coisas que esqueci aqui mãe, no meu quarto - assentiu

tudo continuava do mesmo jeito, apenas arrumado, minha mãe sempre teve esse negócio de não mudar nada

abrir meu armário e peguei algumas peças de roupas, preferir não levar tudo de uma vez, abrir a outra parte do armário e peguei o porta retrato e o abracei

nunca entendi essa ligação, eu e ela não nós conhecemos, mais é como se ela fosse meu anjo da guarda e assim como na minha carteira, eu tenho uma foto dela, minha irmã era tão linda, Layla me faz lembrar dela, porém sem os cabelos cacheados

Fico imaginando como Lívia séria agora, meus pais sempre falam dela pra gente, mais a minha mãe pois meu pai fica deprimido toda vez que tenta falar de como era a vida deles e principalmente de como minha irmã era

A imagem que fica dentro de mim de como ela séria, é a cópia da minha mãe, doce e alegre

Fechei o armário e coloquei as coisas na mochila que tinha em cima da cama, sai do quarto e senti me abraçarem

Victória: Volta pra casa - me soltou

- Sentindo saudades? - assentiu

Victória: Não se gabe por isso

- Você não era pra tá no curso?

Victória: Cheguei lá a mulher reclamou de eu estar de cropd, mandei dois tomar no cu pra ela

- E meu pai?

Victória: Ele estava de longe, só viu a hora que a mulher pegou no meu braço e....

- Ele já queria voar na mulher - assentiu e rimos

Descemos as escadas e meu pai estava todo nervoso contando pra minha mãe

Felipe: ... Se eu não chego ela ia bater na minha filha - andava de um lado pro outro, até que me viu - fala meu moleque - me abraçou

Milena: Você também tinha que xinngar a mulher Vic?

Victória: Ela veio cheia de marra, se fala namoral eu nem ia xingar ela

- Toma jeito porra - dei um tapa leve em sua cabeça e ela faz cara feia - tá com fome? mamãe fez bolo

Victória: Vai pra merda Vitor

Felipe: acabou a gracinha, chega aí filho quero bater um lero com você - assenti

caminhamos até o escritório do meu pai, se sentamos e ele começou a me mostrar fotos, nela havia uma mulher, era loira e na outra uma menina, parecia idade de Victoria, muito bonita por sinal

- Quem são?

Felipe: Nome dessa aqui é Vanessa- apontou pra mulher loira - essa é sua filha, não sabemos o nome, mais você vai descobrir

- Me explica mais

Felipe: Essa Vanessa era amiga da sua mãe no passado e muito louca por mim, já tentei matar, sua mãe também, mais não deu certo, a vadia continuou viva, mandava ameaças pra sua mãe, casou com um parceiro meu é a pouco tempo descobrir que o mesmo morreu, perdemos o contato faz muito tempo, não sabia da existência dessa filha, mais agora muita coisa mudou, ela voltou com as ameças e agora são pra mim, ela quer a sua mãe morta e quer dar um jeito de me ter pra ela

- E seu plano é que eu tenha a filha dela nas mãos - assentiu

Felipe: Tu é bom com mulher, confio em você

fizemos um toque

- Deixa comigo, depois me passa tudo sobre ela, mó linda, gostosinha também - rimos - Vou meter meu pé, passar na casa da Leyla pra dar um trato nela, depois broto aí

Felipe: Só não vai me arrumar neto agora, to muito lindo ainda pra se lê avô

- Quase na casa dos quarenta, fica namoral - rir e sai correndo, se ele tivesse uma arma ali me matava

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