Ellie pertence a uma nobre linhagem inglesa e possui um sobrenome de peso. Mas isso, para Ellie, não é nada positivo.
Seu pai, membro do parlamento, foi acusado de ajudar a planejar um assassinato e mesmo inocentado por questões escusas, deixou sobr...
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Chelsea dormiu no ombro de Henry durante quase toda a viagem, Gretta falava ao telefone com uma amiga, Ellie então decidiu conversar com o irmão.
– Você está apaixonado? – Perguntou Ellie para o rapaz que acariciava os cabelos negros de Chelsea.
– Estou, eu nunca achei que iria, eu gosto tanto de ficar com várias meninas, não sei como vai ser sem isso, mas a Chelsi..., eu penso nela o tempo todo, eu odeio pensar nela com outros caras, eu já pensei em propor um relacionamento aberto, não que não seja o que temos agora, mas eu queria ela só para mim...
– Ela gosta de você também, mas a Chelsi tem medo de ser machucada, então ela prefere fingir que não tem sentimentos – disse Ellie vendo a respiração regular de Chelsea enquanto dormia profundamente.
– Por quê? Eu não quero machucar ela – perguntou Henry surpreso.
– Porque ela meio que foi machucada no passado, desde então ela disse que não quer mais entregar o coração para ninguém para não sofrer, mas ela gosta de você, eu sei que gosta porque eu conheço a minha amiga.
Henry deu um sorriso tímido e olhou para Chelsi.
– Eu não quero magoar ela, se ela quiser namorar, eu paro de ficar com as outras meninas, sei lá, a Chelsi basta.
– Nunca te vi assim – disse Ellie sorrindo para o irmão.
– Eu sei, eu nunca me senti assim mesmo, papai diz que eu sou novo demais para me prender a uma pessoa só, eu às vezes acho que pode ser verdade, mas...
– Papai é uma pessoa horrível Henry, você não precisa ser em nada como ele – disse Ellie mudando o tom para um tom mais nervoso.
– Eu sei, ele tem amantes... – Disse Henry baixinho, esperando para ter certeza que sua mãe não estava ouvindo, não que ela não soubesse ou ligasse para isso – Eu quero quando casar, ser fiel.
– Você é muito diferente do papai, Henry, talvez tão preconceituoso quanto..., mas bem diferente – disse Ellie beijando o topo da cabeça de Henry.
A velha mansão dos Comptony estava lá quando chegaram, mórbida, fria, cheia de traumas do passado.
– Bem-vinda ao lar, Lady Comptony, senhorita Beauchamp – disse a tímida Margery, a criada da mansão quando Ellie chegava em seu quarto com Chelsea.
– Obrigada Margery, papai está em casa? – Perguntou Ellie, desejando profundamente que não.
– Não, Lady Comptony, ele está em uma viagem de negócios e retorna amanhã de tarde.
– Graças a Deus! – Disse Ellie se jogando em sua confortável cama.
Chelsea e Ellie passaram a tarde toda conversando, sobre sentimentos, escola, namoro, mandaram mensagens para suas amigas francesas e para Aaron.
