❛❛ Chandelier❜❜ |Chanbaek|

◆03◆

Olá, este capítulo tem uma parte texting mas a maioria é narrado. Ele contém informações necessárias para o desenrolar da estória nha.
Ficou um pouco longo sim, mas não o suficiente para dar sono em alguém k.
Até lá embaixo!
まゆみ
ːৢૣ❃

ßaekHyun

Eu deveria ter merda na cabeça, só pode.

A verdade mais dolorosa de minha pacata vidinha de universitário era: eu infelizmente vivia um típico clichê em que o "invisível" era completamente apaixonado pelo popular da faculdade inteira que era mais rodado que pratinho de microondas. Não que Park Chanyeol já tivesse dado para todos naquela universidade, mas quem sabe, eu não sei tanto sobre sua vida a não ser que ele é o motivo das minhas aceleradas batidas cardíacas diárias e que adorava matar aulas para transar com qualquer um de seus mais de um milhão de contatinhos com um incessante fogo no cu. Ah, também sabia dos lugares onde ele os levava mas isso é o de menos, não é como se eu fosse usar meu conhecimento para prejudicá-lo.

Apesar de tê-lo ameaçado na nossa primeira conversa, e ainda usando a sogrinha como alicerce mas na verdade eu nem a conhecia e nem sabia se ele vivia com ela e apenas veio fazer o curso aqui. De qualquer forma acabei descobrindo que ela lhe dava medo.

Eu o conhecia desde nossa época de ensino médio, mais especificamente no 1° ano, mas ele nunca soube de minha existência. E também não é como se eu houvesse batalhado para ser notado, na verdade sempre fui taxado como nerdzinho eternamente virjão e estranho e por esse e outros motivos nunca procurei me aproximar dele, por puro medinho de ser tratado grosseiramente. Não era frescura, seu grupinho sempre me tratou mal e ele nunca fazia nada, que diferença faria se eu me designasse a falar com ele? O garotinho estranho da sala tentando construir uma amizade com o mais popular da escola inteira, simplesmente ridículo. Ele me trataria mal como todos os outros e o pior: me humilharia na frente de todos.

Talvez fosse paranóia minha e eu fosse pessimista demais mas tudo indicava que era isto que aconteceria. Se ele nem procurava me socorrer depois de ser pisado, chutado e espancado por qual motivo tentaria manter alguma relação comigo? Nem que seja de amizade? Talvez apenas pelo interesse em passar de ano mas ele era a porra do exemplo de garoto perfeito: inteligente, bonito e popular. Tudo o que as garotas querem e desejam. Nunca pediria minha ajuda. Mesmo sendo um completo ignorante matemático e não soubesse nada, absolutamente nada de exatas.

Por isso eu sempre o observei de longe prestando atenção em cada passinho que ele dava e como todo trouxa apaixonado: fazendo de tudo por ele. Oh sim, eu fazia tudo por aquele garoto mesmo que sempre no anonimato. Ás vezes nas provas que tínhamos especialmente de cálculo que eu sempre notava seu olhar perdido e o nervosismo evidente, eu rasgava um pedacinho do meu papel de borrão escrevendo todas as fórmulas nele e jogando a ele sem que notasse quem foi. Era o meu ponto alto do dia ver seu sorriso toda vez que olhava o papel e vagava com o olhar perdido pela sala inteira provavelmente tentando identificar quem o jogou.

Pena que eu nunca me manifestaria.

Eu mesmo decidi me manter no anônimo até sairmos do ensino médio porque tinha plena certeza que ele não estaria, em hipótese alguma, na mesma universidade que eu até porque esta nada mais nada menos era a famosa Harvard. Ledo engano. No primeiro dia em minha sala ouvi o nome que fez todos os pelos do meu corpo se eriçarem e uma conhecida sensação de borboletas no estômago que há tempos não sentia me dominar. Park Chanyeol, ah sim, eu não havia ouvido mal. Park Chanyeol realmente estava em Harvard, na mesma turma que eu. E isso foi um choque tremendo que na mesma hora eu me senti tão mal a ponto de me segurar na parede mais próxima e tentar regularizar não só minha respiração mas as batidas cardíacas também.