Nareba.

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Lembro quando nos conhecemos, foi numa festa do colégio que estudávamos, uma festa a fantasia, que cafona. Eu estava de gatinha, Deus que me perdoe, mas só estava lá pra zoar mesmo. Não tinha a intenção de ficar com ninguém. Acabou que ficamos e isso nos aproximou tanto que namoramos... Namoramos em 2015, né? Acho que foi. Foi por quanto tempo? Quatro meses? Cinco? Acho que foi cinco meses no máximo. Mas eu gostava de você, posso dizer que você foi o primeiro garoto que eu realmente gostei. Gostar não é amar. Cometi alguns erros, erros que eu me arrependo muito, você sabe. Depois que as aulas acabaram não nos encontramos mais, nosso relacionamento passou a parecer com um relacionamento virtual e depois só nos encontramos quando já tínhamos terminado e nem estávamos nos falando. Lembro que na hora de ir embora daquela festa, eu entrei no táxi e chorei muito pelo que aconteceu lá. Sabe do que estou falando. O beijo naquela menina. Tantas meninas lá e você foi logo nela, alguém que querendo ou não, era meio que próxima a mim.  Eu chorei tanto que o taxista perguntou se eu estava bem, ele começou a puxar assunto comigo pra me distrair e disse que tinha pego um menino naquela festa, ele morava no lado da casa da aniversariante. Que menino que eu conheço que mora do lado dela? E ai eu chorei mais ainda. Eu gostei de você até final de 2016 e começo de 2017, por ai, isso é muito errado, por que outro já estava na minha vida. 

Acima de tudo você é um garoto muito especial, vocês* dois foram grandes amigos. As coisas que eu aprendi com o índio eu infelizmente não levei pro nosso relacionamento, mas as coisas que aprendi com vocês dois, vou leva para o próximo. Ou não.

vocês* = Você e seu nariz. 

Você sabe que não foi amor, né? Eu nem precisava dizer isso. Foi quase isso, mas não foi amor.


Próximo.

Cartas para eles.Where stories live. Discover now