1 (revisado)

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As pessoas querem ter fama e muito dinheiro, mesmo que custe caro...

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"Avareza, orgulho, ira, luxúria - os pecados capitais responsáveis pelas maiores atrocidades já cometidas pelos seres humanos. Não vou dizer que nunca fui guiada por nenhum desses pecados, pois seria hipócrita. Acredito que todos nós, como humanos, já fizemos algo influenciados por esses pecados ou emoções. Nunca fui uma garota inocente e pura, mas também não fui uma megera cruel. Eu era o meio-termo. Meu pai me mimou desde cedo.

"Vamos, Gaele, já estamos atrasados", meu pai grita pela terceira vez da sala de estar.

"Já estou indo, pai", respondo enquanto admiro meu mais novo e belo vestido preto que meu pai havia me dado dias atrás. Lindo é a perfeita definição para essa beleza. É um tomara que caia com pequenos diamantes falsos em torno do busto, que destaca meus seios, e renda que começa na cintura e desce até os meus pés.

"Gaele, desce logo", meu pai grita novamente, tirando-me dos meus devaneios.

Sorrio para meu belo reflexo no espelho, pego minha bolsa, calço meus saltos pretos, pego meu celular e desço para encontrar meu amado pai. Depois de sermos abandonados pela mulher mais cruel que existe, minha mãe, fomos apenas ele e eu. Minha mãe foi embora logo após meu décimo aniversário, levando consigo minhas três irmãs mais novas.

"Estou pronta, pai. Agora pode me dizer para onde vamos?", olho nos seus olhos escuros. Meu pai é bem parecido comigo. Herdei dele seus olhos escuros e os cabelos negros e lisos. Muitos traços herdei do meu pai, mas o gênio e o caráter forte vieram todos da minha mãe, de acordo com papai.

"É uma surpresa, filha", ele fala, passando as mãos no meu rosto. "Você está linda..."

Ele é interrompido pelo som do meu celular. Sorrio e atendo sem nem olhar quem era.

"Alô", atendo.

"GAELE..." Afasto o celular da orelha e faço careta para a tela.

"Marcela, sua louca! Quase me deixou surda!"

"Parabéns, amiga! Não é sempre que minha vaquinha faz 17 anos!" sorrio com a animação na voz dela.

"Deixa de ser doida", sorrio ainda mais. "Obrigada, minha vaca."

(Sim, hoje é meu aniversário e por isso irei sair com meu pai)

"Amiga, o Lucas disse que vai te chamar para sair amanhã depois da aula."

"Não brinca", meu pai pigarreia e olha para o relógio em seu pulso. "Amiga, tenho que desligar. Vou sair com meu pai. Quando chegar, te ligo, tá?"

"Tá bem. Diz para o seu Rogério que eu disse que ele é um chato."

"Tchau, Marcela." Desligo e sigo meu pai até a garagem da mansão.

Entramos no carro e vamos em silêncio para o tal lugar misterioso. Aquele silêncio estava me deixando louca, então decido puxar assunto.

"Pai", olho para ele e percebo que ele está tenso. "Por que o senhor está nervoso?"

"Filha, eu sinto muito", ele diz e logo acerta meu rosto com algo pesado, e eu apago...

Enviada do inferno.... Protegendo Os Creepys (Reescrevendo)Onde histórias criam vida. Descubra agora