Max Vandenburg

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Toda vida tive medo de homens velando sobre mim. Suponho que o primeiro homem a velar por mim tenha sido meu pai, mas ele sumiu antes que eu pudesse recordá-lo. Por alguma razão, quando eu era menino, gostava de brigar. Grande parte das vezes, eu perdia. Outro menino, às vezes com sangue pingando do nariz, erguia-se acima de mim. Muitos anos depois, precisei me esconder. Procurava não dormir, porque tinha medo de quem estaria lá quando acordasse. Mas tive sorte era sempre meu amigo. Quando estava escondido, eu sonhava com um certo homem. O mais difícil foi quando viajei para ir ao encontro dele. Por muita sorte e depois de muitas passadas, consegui. Fiquei dormindo lá por muito tempo, três dia, disseram-me. E o que encontrei ao acordar? Não um homem, mas outra pessoa a me vigiar. Com o passar do tempo, a menina e eu vimos que tínhamos coisas em comum. Mas há uma coisa estranha. A menina diz que eu pareço outra coisa. Agora moro num porão. Os sonhos ruins continuam aparecendo nos meus sonos. Uma noite, após meu pesadelo habitual, uma sombra ergueu-se sobre mim. Ela disse: - Conte-me o que você sonha. E eu contei. Em troca ela me contou do que eram feitos seus próprios sonhos. Agora, acho que somos amigos, essa menina e eu. Em seu aniversário foi ela quem me deu um presente à mim. Isso me fez compreender que o melhor vigiador que eu conheci não é um homem...

Frases do livro "A menina que roubava livros"Onde histórias criam vida. Descubra agora