Algo estranho . . .

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Estava subindo o morro, cansada como sempre, mas só de corpo, como de custume, entrei em um beco, sempre fugi de ruas movimentadas. Derrepente viu uma mulher batendo em uma menina, com uniforme e bolsa. De novo?

- Sua piranha, nunca mais mexa com meu homem - disse a mulher para a menina.

A menina tentava se mexer, mas já tinha apanhado demais pra fazer qualquer esforço. Peguei a mulher pelos braços e a afastei.

- Se queria dar um aviso a menina, já deu - disse a mulher.

- Quem é você pra se meter? Vai apanhar também isso sim - tentou me bater, mas peguei sua mão, a virei de uma vez e a empurrei.

- Deixa a garota em paz, siga sua vida, vá para seu homem - a aconselhei - Melhor do que ter que explicar por que espancou uma menina até a morte? E sua desculpa não é nada boa.

- Vagabunda, me aguarde - apontou pra menina e depois para mim - E você, tem ideia de quem eu sou?

- Não - disse a ela.

- Fiel do braço direito do dono do morro - disse, praticamente, cuspindo em mim.

- Entendi, a menina vai comigo e vou dar a ela seu aviso, com tanto que eu não veja a cena que vi duas vezes, está bem? - perguntei.

- Leva essa ai e é bom mesmo que de o aviso - falou e saiu rebolando.

Me virei, e encontrei a menina no chão desacordada e com muito sangue em seu rosto. A peguei e coloquei nas costas, ela estava com o uniforme e sua mochila ainda nas costas, por que será que sinto que foi pega desprevinida e nem percebeu a outra chegando?

A levei nas costas até em casa, entrei e a deitei no sofá, peguei meu kit primeiro socorros, cuidei de seu machucados, não ouve nada grave mesmo, ela tem um galo na nuca, deve ter recebido algum tipo de golpe por trás e caiu, nem teve muita chance de reagir.

Depois a deitei em um quarto que estava sobrando. Eu sei que é arriscado, mas ainda tenho alguma humanidade dentro de mim, isso é a prova.

Fiz uma sopa para a menina, e uma comida mais cheia pra mim, não é bom para ela fazer muito esforço agora.

Já estava de pijana quando fui checar a menina, ela vai acordar amanhã e muito recuperada, isso é bom, quando já estava no quarto, ouvi um barulho de carro, alguém está vindo, pela forma não deve ser alguém que saiba quem eu sou, devem estar procurando a menina.

Arrobam a porta de uma vez e um deles fala:

- Vejam nos quartos, ela deve estar em um deles - disse.

Eles vêem em minha direção e quando um está de costas pra mim, o mobilizo, tomo sua arma e falo:

- Mãos pra cima, se fizerem um movimento, eu atiro - disse e eles levantaram as mãos - O que querem com a menina?

- Calma, eu sou Pedro, um dos vapores do dono do morro, ela é minha garota - disse.

- Suspeito que seja o homem da mulher que a espancou - disse a ele.

- Ela é só uma vadia com quem já fiquei, Emily é minha pequena, eu a amo muito - disse. Eu acho que é verdade, por que acho isso? Seu olhos me dizem isso, mas ainda não confio nele, não seria eu se confiasse.

- Está bem - soltei o cara e a baixei a arma - Mas ela vai ficar aqui hoje, para eu ter certeza que não haverá sequelas, traga a mãe da menina aqui pela manhã, tudo bem? - perguntei a ele, engatilhei a arma em forma de aviso, que ele não podia fazer algo para ser diferente.

- Okay, mas eu quero vê-la, por favor - pediu.

- Tudo bem, só peço que os marmanjos saiam, a casa é pequena para todos ao mesmo tempo - disse e fui espulsando a maioria - Ela está no quarto a esquerda.

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⏰ Última atualização: Jun 01, 2018 ⏰

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