Who are you?

3°cap

(Emma)

Bebo um pouco de água e volto para sala, quando eu entro na mesma, eu sinto um olhar queimar em mim, não sei dizer quem é, mas eu sinto um incômodo terrível.
-Querida, você foi no banheiro, ou. construí-lo?-Louis pergunta assim que eu me sento ao seu lado.
-Eu demorei por conta do idiota ali atrás. -Falo revirando os olhos.
-Quem? O Harry?
-Não, Louis. O Zayn.-Louis me olha de lado e ri.
-Ele quer te pegar?-Pergunta o mesmo.
-O que? De jeito nenhum. Ele só adora me zoar o tempo todo.-Falo abrindo o caderno.
-Ele é um babaca, não sei porquê ele não faz essas coisas na minha frente.
-Exatamente por isso, porque ele é um babaca, Louis.-Suspiro e volto a prestar atenção na matéria.

Eu tenho de ser sincera, eu não sou uma das nerds, mas também eu não sou essas garotas que saem dando para todos os "populares" da escola, entre eles estão: Harry Styles, Niall Horan, Liam Payne, Joe Jonas e o líder deles...Zayn Malik.

-Louis, Louis.-O chamo assim que boto a mochila nas costas, mas o surdo já saiu da sala achando que eu estou atrás dele.
Bufo frustrada e coloco de umas vez as coisas na bolsa. Tiro a minha blusa de frio cinza e coloco dentro da bolsa.
-Hum...mais uma vez sozinhos? Duas vezes no dia.-Ouço a voz dele atrás de mim. Reviro os olhos e fecho a minha bolsa jogando a mesma nas costas.
Caminho em direção da porta, mas ele passa na minha frente e me impede de passar.
-O que foi?-Pergunto já irritada.
-Zayn, vem logo, mano!-Acho que o Liam o chamou. Zayn cerra os olhos e abaixa a cabeça, ele morde os lábios, revira os olhos e passa a mão no meu queixo.
-Nos vemos amanhã.-Ele sorri galanteador e sai da sala me deixando sozinha.

Eu saio da sala e o vejo andar com os três meninos pelo final do corredor escuro.
-Babando?-Dou um pulo ao ver Louis do outro lado do corredor, ele tem os braços cruzados e está apoiado na parede.
-Louis, que susto!-Boto a mão no meu peito.
-Susto hein, hehe.-Ele me olha malicioso, eu dou um tapa no braço dele e volto a andar em direção ao corredor.

Ao chegar em casa, eu vejo a luz da cozinha ligada, eu corro até para ver o que é, sorrio grande ao ver o meu pai na mesma. Ele usa um óculos de grau, uma terno cinza e sapatos pretos.
-Papai.-Falo e ele se vira para mim.
-Oh, Emma.-Meu pai sorri simples e volta a olhar dentro da geladeira.
-Eu senti tanto a sua falta, pai.-Eu o abraço, mas não é correspondido.

Meu pai vai se distanciando de mim, e por fim ele suspira.
-Não começa com o seu drama de que você sentiu minha falta, Emma.
-Mas pai, eu não...isso não é drama, eu realmente senti sua...-Meu pai revira os olhos e leva uma garrafa de bebida alcoólica na boca a bebendo sem pudor.
-Não seja tola. Agora vá tomar um banho e vê se não me incomoda que eu estou muito cansado.-Meu pai me põe para o outro lado e passa pelo espaço livre.
-E ah, se você quiser sair a noite, fique a vontade...eu vou ter companhia.-essa é a última coisa que o meu pai diz antes de sair da cozinha, me deixando aqui sem saber o que pensar, fazer ou falar.

Meus olhos queimam sem parar, e um nó na minha garganta me deixa sufocada. Eu pego o meu celular de cima do balcão e vou para sala, passo reto, abro a porta saindo de casa.

O ar em meu peito parece ser muito pouco, eu sinto o meu estômago revirar-se por todo. Eu não consigo evitar, as lágrimas começam a cair involuntariamente.
-Por que?-Minha voz baixa se faz. Eu então ando em passos lentos pela calçada.

Meu rosto está todo molhado, meus olhos pesados, os soluços baixos, e o coração quebrado.

Sento-me no banco de uma praça perto de casa, eu abaixo a cabeça a sentindo pulsar, meu coração bater forte e o nó não se desfazer.

Meu celular apita, eu não dou bola, eu apenas me levanto e sento de baixo de uma árvore onde ninguém está, ou vê com facilidade. Apoio a cabeça no tronco e ouço a meu celular apitar novamente, eu fecho os olhos por segundos e não sei..acho que acabo dormindo.

.....

Abro os olhos, o sol já não é mais presente nesse lugar, eu ouço meu celular tocar, "número desconhecido". Atendo sem pensar duas vezes.

-Alô?-Digo com a voz baixa, rouca e até um pouco falha. Mas ninguém diz nada, mesmo que eu tenha escutado um respiração. A linha do outro lado desliga, e então eu vejo as mensagens do Zee.

Mensagens

Zee: O que aconteceu? Por que você saiu de cada desse jeito?

Zee: Para onde você está indo, Emma?

Zee: Me diz que merda aconteceu.

Zee: Eu estou preocupado, desorientado.

Zee: Por favor, não chore desse jeito.

Zee: O que? O que aconteceu?

Zee: Você está na Praça agora?

Zee: Não se preocupe, eu vou ficar aqui com você, ninguém irá de tocar.

Zee: Você dormiu chorando. Eu estou quebrado por te ver assim.

Zee: Já está tarde, princesa. Volta para casa.

Zee: Você precisa acordar, levantar, sair dai.

Zee: Aqui a noite é perigoso, levante, Emma.

Zee: Você está me assutando. EMMA, levanta dai, porra.

Zee: Emma!

Zee: Você acordou.

Eu: Ah, oi.

Zee: Como você está? O que aconteceu? Quer me contar?

Eu: Meu pai, ele voltou.

Zee: Isso não é bom, Em?

Eu: Ele me humilhou, ele disse coisas ruins, ele me fez sentir um nada, e eu só disse" Senti sua falta, pai".

Zee: Oh, ele é um grande bosta, você sabe disso, não é?

Eu: Mas continua sendo o meu pai, a minha única família.

Zee:Não se preocupe com isso, eu estou bem aqui.

Eu: Não, você não está. Ninguém está.

Zee: Claro que eu estou, só você não viu.

Eu: Como assim?

Zee: Eu te velava enquanto você dormia.

Eu: Por que fez isso?

Zee: Porque eu me preocupo com você.

Eu: Então porque você não me abraçou enquanto eu chorava.

Zee: Porque assim você iria saber que eu era.

Eu: E qual o problema, Zee?

Zee: O problema é que você me odeia, Emma.