2. Neve

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Eu me virei na cama, olhando para o despertador

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Eu me virei na cama, olhando para o despertador. A luz rosa brilhante ofuscando meus vermelhos e cansados olhos.

6:01

6:01

6:01

Piscando, acende e apaga; Suspirei. Acordei tarde hoje.

Eu realmente não queria ir à escola nesse dia, mas obviamente eu não tinha muita escolha. Grunhi quando me levantei da cama. Fiz minha rotina matinal e logo voltei para o quarto. Mais uma vez olhei para o relógio.

6:20

6:20

6:20

Terminei de fazer tudo mais cedo hoje, estranho, já que usualmente eu levo 52 minutos para ficar pronta.

Tentei ignorar esse fato ao máximo, e chequei minha lista mental para ver se não tinha me esquecido de fazer nada, mas não tinha. Fiz meu almoço para mais tarde, tomei banho, comi o café da manhã, escovei os dentes... Tudo em 20 minutos? Parecia que algo estava errado.

Acreditando que meu relógio estava apenas com problemas, fui para a escola às 6:30. O ar estava frio e pequenos flocos de neve caíam do céu. Logo, a rua inteira ficou coberta de neve, um manto branco. Sorri para mim mesma, abrindo meus braços e rodopiando com alegria pela cortina de gelo que caía do céu. Cantei baixinho uma canção que minha mãe havia me ensinado quando eu ainda era pequena, devia ter uns seis anos.

Foi então que ouvi.

Alguém, assim como eu, estava caminhando pela neve; pude ouvir os pés se arrastando pela cobertura branca. Virei-me para ver quem era, mas não havia ninguém. O familiar sentimento de estar sendo observada invadiu meu corpo novamente como um banho de água fria, e eu acelerei meus passos.

Virei novamente ao perceber que o som estava mais alto, mas, mais uma vez, não vi ninguém. Parei de caminhar, e os passos atrás de mim também. Ri.

"Idiota! É apenas o eco de seus próprios passos." Eu disse para mim mesma em um tom baixo, mas audível, e voltei a caminhar. De fato, era bem possível que fossem ecos mesmo, já que a rua de minha casa era um tanto deserta, bem afastada das ruas mais comerciais de minha cidade, além de também não haver muitas casas por perto. Mesmo assim, não consegui me livrar desse sentimento, dessa persistente sensação.

Dei a volta, mais uma vez voltando a caminhar, e bati em algo. Antes que me desse conta, já estava caindo.

Caí em um pequeno monte de neve, olhando para cima para ver no que havia batido, então vi um rosto familiar.

"Hey." Ele disse, sorrindo abertamente para mim.

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"COMO ASSIM?! Você não perguntou o nome dele?!" Nayeon gritou comigo, quase como se eu tivesse causado uma enorme catástrofe. Virei meus olhos, porque, francamente, eu não me importava em descobrir qual era o nome dele. Eu não me importo porque não sou do tipo de garota que fica correndo atrás de garotos só pela aparência como ela faz, diga-se de passagem.

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