Bloody Painter: Me Mate De Uma Vez.

O Início de Tudo

Karol

Meu nome é Karol, eu tinha 16 anos quando fiz meu primeiro e único amigo.

Eu sempre fui solitária e tinha costumes estranhos.

Todo dia, as 10H PM, eu saia de casa para dar uma caminhada comum.

A rua onde eu caminhava era muito deserta, quase não haviam carros a noite.

Uma noite, eu estava caminhando e vi um garoto na rua, ele estava à minha esquerda um pouco atrás de mim.

Aquilo era bem raro.

O garoto estava mascarado, usando uma roupa azul com um broche de rosto feliz.

Comecei a estranhar quando vi que havia sangue em suas mãos.

Fiquei me perguntando será era um cosplay ou um assassino de verdade.

Acelerei o passo por precaução.

Ele também acelerou o passo.

Karol: O-olá? V-você es-está per-perdido? P-precisa dê aju-ajuda?- Eu falei com a voz muito trêmula.

Ele parou e andar depois que eu terminei de falar.

Senti que ele estava me encarando por trás daquela máscara.

???: Você. Aprecia. A. Arte? -Ele falou com pausas longas a cada palavra que ele dizia.

Karol: S-sim.- Falei com medo.

Ele estendeu a mão.

???: Meu nome... meu nome é...-Disse ele parecendo confuso.

Eu fiquei esperando ele completar a frase.

???: Me chame apenas de... Bloody Painter.

Apertei a mão dele.

Karol: Meu nome é-

Bloody: Karol.-Disse ele completando.

Notei que minha mão estava com sangue. Por um momento o sangue pareceu tão atraente, tão bonito. Não conseguia parar de observar. Depois de uns 10 segundos o perguntei como sabia meu nome.

Bloody: Tenho minhas fontes.

Eu conhecia aquela frase. De um antigo amigo.

Eu comecei  a chorar a ouvir.

Karol: F-foi tudo culpa minha, Lun não deveria ter morrido.- Eu disse entre soluços.

Bloody tirou a máscara revelando seu rosto.
Olhos azuis, pele clara e cabelos megros.

Ele sorriu gentilmente com lágrimas nos olhos.

Bloody: Não foi sua culpa, Lun merecia morrer.-Disse ele e logo em seguida deixou escapar uma lágrima.

Eu o abracei e comecei a chorar muito mais do que estava antes.

Bloody: Calma...- Ele fez cafuné na minha cabeça, deixando meus cabelos verdes com um pouco de sangue.- Vamos pra um lugar mais calmo, pra sentarmos e conversarmos.

Ele tinha sangue nas mãos, usavauma roupa e uma mascara peculiares, sabia meu nome, mais... parece alguém que sofreu... alguém tão doce... não sei porque, mais confiei tanto nele.

Mesmo se ele me matasse, não teria nada a perder.

Karol: T-tudo bem, muito obrigada, Bloody Painter.-  Eu disse parando de chorar.

Ele sorriu e pegou na minha mão.

Ele levou até um mato. Entramos em uma casa escondida entre as árvores.

Provavelmente eu seria morta, mais ídai? Eu perdi tudo de importante, eu perdi Lun...

Entramos na casa. Tinha diversas pinturas nas paredes, todas em vermelho. A casa dele tinha um cheiro metálico, semelhante a sangue.
As pinturas eram de sangue, suponho eu.

Estava apreciando as pinturas, quando vi uma no canto.

Parecia comigo, em cima do telhado da escola, chorando, e um corpo no chão.

Karol: A-aquela pintura...-Eu falei apontando pra pintura pensando se era eu e Lun, ou outro ocorrido semelhante.

Bloody: Helen... e Tom...- Ele falou olhando pra suas mãos.

Karol: S-se quiser me contar... pode contar.

Bloody: E-eu sou o Helen, e-em cima do telhado... q-quem está no c-chão é o... Tom.

Karol: Isso é idêntico ao que aconteceu comigo...-Eu disse triste e surpresa.

Bloody Painter/Helen, me abraçou forte e começou a rir. Depois que desfez o abraço, ele chorava e ria ao mesmo tempo.

Bloody: Tom merecia morrer, ele... ele... ele merecia.- Ele falou e logo depois ficou sério de novo.

Escorreu algumas lágrimas pelos meus olhos, logo em seguida fiquei séria também.

Bloody: Foi por isso que te escolhi, Karol.-Ele falou e sorriu.- Você irá morar aqui.

Karol:  E minha família e meus estudos?

Bloody: Sua mãe não se importa, e creepypastas estudam no nosso mundo.

"Creepypasta" então eles existem? Lembro muito pouco sobre eles... eu gostava muito até meus 14 anos, até Lun morrer... Depois que ele morreu abandonei quase tudo.

Comecei a pensar... "Bloody Painter" "Helen" "Tom"...

Arregalei os olhos.

Karol: V-você é o Bloody Painter... O creepypasta... - falei e toquei seu rosto chocada.- Vai me matar?-Perguntei ficando séria.

Bloody: Você se lembrou da minha história, certo? Temos histórias semelhantes... realmente muito semelhantes.- Ele falou começando a ficar mais triste.- Jamais mataria você... Te observo desde que Lun começou a querer... se matar por culpa.