happiness (taegi)

(20) o bom filho a casa torna *✿｡.℘

Ok, você consegue fazer isso, Yoongi repetia incessantemente para si mesmo a fim de reduzir seu nervosismo para o primeiro dia de aula no novo colégio, ao passo que sentia suas mãos tremerem a todo instante. Claramente seu método não estava funcionando porque a) ele não fazia outra coisa nos últimos dias a não ser pensar nas mais diversas situações ruins que poderiam lhe acontecer e b) ele tinha o mais completo pavor com a ideia de tantas pessoas desconhecidas ao seu redor, lançando seus olhares arrebatadores e julgadores sobre si.

Engoliu em seco ao apertar a alça da mochila e dar passos lentos até a estação. Havia algumas pessoas ali com o mesmo uniforme que ele usava, conversando entre si animadamente e dando gargalhadas, o que fez Yoongi apertar ainda mais forte a alça da mochila e cobrir-se ao máximo com seu grande casaco.

Àquela altura era, no mínimo, estranho ter tanto medo de se relacionar com outras pessoas; já tinha quinze anos, afinal, e estava ingressando em seu primeiro ano do ensino médio. A questão era que, ao longo dos três anos desde que aquilo acontecera, Yoongi acabou se fechando ainda mais para as pessoas por medo de se decepcionar tanto quanto antes.

Não era lá alguém tão gentil no fundamental e nunca tinha entendido ao certo por que algumas pessoas socializavam com ele, mas com o tempo a resposta veio clara e definitiva. Era bastante óbvio. Taehyung sempre fora alguém prestativo, gentil, leal, alegre e, sobretudo, feliz. Não era difícil imaginar por que ele sempre esteve rodeado de pessoas. Também não era difícil imaginar por que Yoongi, de uma forma ou de outra, sempre participava disso: Taehyung e Yoongi sempre estavam juntos e, talvez, as pessoas se sentissem obrigadas a falar consigo porque estavam falando com Taehyung, seu inseparável vizinho e melhor amigo.

De fato, tanto fazia remoer lembranças depois de tanto tempo, contudo ainda restavam sérios resquícios de uma ferida no seu coração. Taehyung parecia alguém distante agora - mas não o bastante para cessar-lhe totalmente as memórias.

Mas aquilo não importava mais para si. Ao menos era o que resmungava para si até bater, em meio a multidão que entrava no metrô, contra o peito de um garoto extremamente familiar.

Ergueu os olhos.

"Taehyung?"