/// T R I G G E R /// {lwt♡hes}

/// S E X Y ///

Sejam bem-vindos a TRIGGER e espero que gostem de mais uma estória minha. ♡

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Um ano e alguns meses desde que recebi minha Arma do Amor e bem, acho que estou começando a amar alguém.

Estou tendo todo o cuidado do mundo em relação a isso porque, ultimamente, as pessoas não têm levado o amor eterno muito a sério. Pelo menos, uma boa parte dos adolescentes com que estudo dizem que nunca deixarão alguém disparar sua arma, pois querem apenas aproveitar a vida.

E eu me sinto como fosse um desses viajantes do tempo. Eu não posso crer que meu coração é tão anos 70 enquanto vivo em 2018. E uma boa parte me acha estranho por ser tão romântico.

E qual é! Não tem problemas em chorar ao assistir comédias românticas ou ouvir músicas melosas de Ed Sheeran e Sam Smith. Eu só não acho tão atrativo sexo com pessoas diferentes todas as noites e festas com pessoas fedendo a suor e a tequila, é meio nojento, mas nada contra quem gosta.

"Harry, você deveria aprender a andar de skate. Seria maneiro. Sabe, nós dois poderíamos até competir como uma dupla!" Louis Tomlinson, insiste novamente sobre nós virarmos uma dupla e eu balanço a cabeça em negação, tentando manter o meu foco no meu livro sobre a Arma do Amor.

Ah, Louis Tomlinson, motivo pelo qual leio tanto sobre o amor eterno. Ele é, literalmente, o sol que brilha nos melhores dias e faz todos sorrirem só pelo fato de abrir seus olhos ao acordar pela amanhã. Às vezes, me pego tão apaixado por ele, que me pergunto se ele já havia puxado o gatilho.

"Nope, Louis. Eu já te disse que não e de bônus te mandei uma lista dos meus motivos por whatsapp."

"E eu respondi a todos! O fato de você ser grande e delicado de mais não te atrapalha nisso." Ele faz uma pausa, tirando o livro de minha mão e finge lê-lo. Eu só cruzo meus braços e o olho com desaprovação. "Além do mais, você não sentirá mais medo quando sentir a adrenalina em suas veias. Skate é bem mais interessante do que uma enciclopédia da Arma do Amor."

Me sinto um pouco ofendido com sua última frase e tomo meu livro de suas mãos, quase o furando com o meu olhar reprovador, mesmo que eu queira sorrir e fazer bico ao discordar dele.

"Eu gosto da adrenalina que o amor me trás. E outra, Tomlinson, eu nem iria parecer um skatista. Por deus, eu me visto como uma garotinha do Tumblr!"

"E fica adorável assim." Lança-me um sorriso e eu sinto minhas bochechas ficarem rubras com o elogio e quando ele passa a mão pelo meu moletom rosa pastel. "Também, o que tem a ver suas vestes com skate? Você anda no skate usando o movimento das pernas e não com as suas roupas!"

"Louis William, virar um skatista, me faz entrar para um tribu e eu não consigo entrar em um tribu quando me visto o oposto deles. Eu vou ser um skatista usando roupas da Barbie?!"

Ele ri, balançando a cabeça ao ouvir minha defesa. Estou começando dizer coisas sem noção só para não ser convencido por aqueles olhos azuis piscina e pelos lábios avermelhados.

"Harry Edward, não vejo nem um mal em ver uma Barbie skatista! Você seria adorável."

Coro novamente e evito manter contato visual com ele, quando me afasto um pouco e encosto minha cabeça na árvore do jardim da escola, buscando respirar fundo para não desmaiar ao ver aquele sorriso brilhando apenas para mim.

"Por que não chama o Stan para ser a sua dupla? Ele é um ótimo skatista!" Retorno a dizer, permitindo-me olhar para ele. Eu quase consigo ver meu reflexo e o reflexo dos galhos da árvore remexendo-se incansavelmente através do azul de seus olhos.

"Porque ele não é sexy como você."

Minhas bochechas ficam mais vermelhas e me questiono se ele conseguiria me deixar ainda mais envergonhado e corado. Tenho a sensação de que ele está flertando comigo e isso -mesmo sendo um pouco vulgar- parece romântico de certa forma. Aliás, nunca pensei que, talvez, alguém parecesse romântico ao fletar com alguém usando palavras como "sexy" e envolvendo skate no meio disso tudo.

"Você é impossível." Bufo, revirando os olhos e puxo a touca que escondida seus cabelos, colocando-a em mim.

"Você também é complicado. Igualmente como um quebra-cabeças onde a maior parte das peças sumiram, mas eu posso me esforçar um pouco mais para encontrá-las e te montar da forma certa." Ele sorri dócil e ajeita a touca em minha cabeça, de um forma que meus longos cachos fiquem arrumadinhos e voem quando o vento bate.

"Eu vou começar a pensar que você está flertando comigo." Digo, ainda mantendo contato visual e aperto meu livro em baixo do meu braço.

"Suponho que, talvez, eu esteja flertando com você... Mas só posso dizer se essa suposição é real se você aceitar ser minha dupla." Seu sorriso é sacana e provocativo. Eu balanço a cabeça em negação com um sorriso, não crendo naquelas palavras.

"Então, eu suponho que nunca saberei a verdade, afinal, não pretendo ceder. Anjinho."

Sorrio e agarro minha bolsa, dando as costas e indo em direção da saída da escola. As aulas haviam acabado a quase uma hora e eu preferi tomar algumas horas para ler em paz a minha enciclopédia, mas Louis apareceu após fugir da detenção. Quer dizer, eu estava a espera dele, ler o livro era só uma desculpa qualquer.

E antes que eu possa deixar o gramado, sinto suas mãos me agarrarem por trás e ele começar a me fazer cócegas. Nós dois caimos sobre a grama verde e bem cuidada da escola, enquanto suas mãos passeam pela minha barriga e axilas para arrancar todas risadas necessárias de mim.

"L-Lou... Para!!! Looou!" Grito entre risos, tentando segurar suas mãos para acabar com aquela sensação que estava me fazendo começar a chorar de tanto rir.

"Diga que sou o melhor e que me ama mais que o Niall!"

"V-você é o melhor.... E e-eu te amo mais que o Ni-Niall!" Consigo dizer ainda entre as gargalhadas escandalosas e com minhas pernas se debatendo contra o chão.

Ele para com as cócegas e sorri satisfeito para mim, levando sua mão até minha testa e tirando os fios de cabelo que atrapalhavam minha visão. Eu o olho, devolvendo um sorriso quando o seu dedo enxuga as lágrimas que caíram por causa da risada.

E aquele momento foi êxtase. Algumas flores rosas da árvore começaram a cair sobre nós com o vento forte que batia, tudo em câmera lenta quando Louis aproximava seu rosto cada vez do meu. Seu sorriso desfazendo e seu olhar ficando mais concentrado no meu, quando cada limite que separava nossos rostos um do outro era quebrado.

Então, seus lábios tocam suavemente os meus. E eu sinto uma mistura de todas as coisas doces que já provei com as coisas mais belas que já vi dentro de mim, misturando-se e embaralhando-se de forma lenta, porém, urgente.

Eu nunca havia tocado meus lábios no de outro alguém por ter essa mente tão 'Princesa da Disney'. E agora, tendo Louis me beijando em um local que é digno de um filme de romance que tem Liam Hemsworth como protagonista, faz com que algumas lágrimas solitárias saíam dos meus olhos e os façam arder.

Louis não aprofunda o beijo e se ele o fizesse, eu teria que impedi-lo. Não consigo pensar na possibilidade de ficar vulnerável na frente dele por não saber beijar como todos mundo ao meu redor, é vergonhoso isso para um garoto de dezessete anos.

Seus lábios se desgrutam dos meus e nos olhamos por breves segundos, apenas sentindo a brisa refrescante que a primavera nos dá com tanto amor e carinho. Ele sorri e eu sorrio também. Ele é tão lindo, quase surreal.

Tenho medo de abrir os meus olhos e descobrir que foi um sonho.

"Aceita uma carona para casa? Troy me deixou vir de carro para a escola hoje." Louis quebra o silêncio, sendo tão fodidamente perfeito.

"Yeah, claro. Vou poder economizar a sola da minha bota." Digo baixinho, com sorriso brincalhão em meus lábios. Ele ri e ajuda a levantar.

Nós dois caminhamos lado a lado em direção do estacionamento enquanto trocamos sorrisos e olhares, ao conversarmos sobre a faculdade que queremos entrar.

E foi ali que eu percebi: era Louis quem puxaria o gatilho e faria sair coisas do meu peito tão belas quanto borboletas.