A porta já não é o bastante para abafar o som dos gritos dos meus pais. Já faz dois meses, dois meses que toda a noite eu me tranco no quarto. Me pergunto até quando, até quando eles vão me tratar como se eu tivesse cinco anos. Até quando, depois de todos os gritos de noite, eles ainda vão agir como se nada tivesse acontecido pela manhã.
Eu cansei, preciso de pelo menos uma semana, se não vou acabar enlouquecendo.
Coloco meus fones, como uma segunda opção para abafar os gritos, e acabo dormindo por fim.
Assim que acordo vou fazer minha mala. No final só precisei de uma, já que vou ficar apenas uma semana fora. Olho meu relógio, que já marca 09:00, e começo a me arrumar. ( roupa abaixo)Decido escrever uma carta para os seres que esqueceram que são pais.
" Queridos pais, sei que não sou o melhor exemplo de filha; mas já não consigo mais suportar as noites de caus nessa casa. Não culpo vocês, mas decidi que até vocês resolverem qual vai ser o status de relacionamento de vocês, passarei uma semana na casa da Vó Adel. Não se preocupem estarei em casa em breve.
Ass: Sua filha Ariel.
Em pouco tempo o táxi já tinha chegado e por sorte era uma taxista, nada contra aos taxistas mas me sinto mais a vontade quando é uma mulher.
Decido não ligar para a minha vó, porque sei que ela vai me fazer mudar de ideia. Já faz mais de seis anos que não vou para lá, foram longos seis anos para falar a verdade.
Depois de mais de duas horas dentro do carro, finalmente chegamos em Maresias. Após o táxi parar na pousada dá minha vó, eu pago a corrida e pego a minha mala. Isso mesmo que vocês leram, minha vó tem uma pousada que se chama pousada da Adel, nome muito criativo não é mesmo?! Mas a escolha do nome não foi dela, foi do meu avô. Pois era o nome mais bonito que ele conhecia. Meu vô era um homem muito romântico, quando ele foi pedir a minha vó em casamento ele encheu um píer de luzes e fez um caminho de rosas até ele. Foi ele que me fez sonhar com um príncipe encantando e casamentos felizes, mas meus pais destruíram esse sonho de conto de fadas.
Logo avisto um mulher de cabelos grisalhos cuidando das flores da faixada da pousada.
-Bom dia vovó Adel.- ela fica meio confusa. Ela olha para um lado e depois para o outro, e finalmente me olha, e dá aquele maravilhoso sorriso, e vem me abraçar.
- Minha menina!!! Que saudade que eu tava, como você cresceu!! Minha nossa, como se tornou uma moça linda!!
- Obrigada vovó, e a senhora não está nada mal kkkkk.- fiz ela dá pequenas voltinhas.
- Cade a sua mãe?- falou esticando o pescoço para tentar ver ela.- Ela não veio vovó...
- Então você veio como?
- Eu peguei um táxi.
- Meus que perigoso menina!! Sua mãe é doida só pode!
- Não foi nada vovó... então, eu ainda tenho o meu quarto?- falei tentando mudar de assunto.
- É lógico que sim! Vem vamos, vou te levar até lá. Eu não mudei nada, o papel de parede continua o mesmo- disse abrindo a porta, revelando o meu quarto com papel de parede de florzinhas rosas.-mas você pode mudar quando quiser.
-Não precisa vó ele continua perfeito- me viro para ela dando um sorriso, com o intuito de fazer com que ela relaxe, e parece que dá certo.
- Vou deixar você arrumando as coisas e vou falar com a cozinheira para ver se está tudo certo.
- tudo certo para o que vovó?
-para receber os hóspedes que vão vir agora no almoço.
- Ok vovó pode ir, vou ficar bem.- ela encosta a porta do quarto e eu escuto os som dos seus pequenos saltos baterem contra o piso indicando que ela foi embora.
Estava olhando um foto minha com todo a minha família que ficava em cima do meu criado-mudo. Era uma das poucas fotos que o meu avô quis aparecer. Ele estava todo no estilo praiano, com os seus cabelos grandes grisalhos molhados, e a sua prancha preferida.
O meu celular apita indicando uma nova mensagem.Reviro os olhos por ela ser tão folgada. Charlote é praticamente da família a gente se conheceu no ensino fundamental e somos amigas até hoje. Ah já ia esquecendo de me apresentar. Meu chamo Arial Garcia, tenho 17 anos, moro em São Paulo capital, sou filha única. Charlote é a minha melhor amiga, conheci ela no quinto ano do ensino fundamental e somos praticamente irmãs.
Começo a colocar as minhas coisas nos lugares certos, até que uma blusa minha cai no chão perto dá cama, e eu me abaixo para pegar ela. E acabo olhando para a minha prancha de surf que está em baixo da mesma. E instantaneamente vem a saudade do meu avô, juntamente com uma lágrima. Então decidi andar um pouco pela praia.
Saindo do meu quarto vou à procura da minha vó, e vejo que a mesma está conversando animadamente com alguns meninos, ou melhor dizendo, deuses gregos.
Acho que estava olhando demais para eles que nem percebido a presença da bobona da Charlotte. Até que a mesma pula em cima de mim, atraindo atenção de todos para nós.
Vó: meninas veem conhecer nossos hóspedes VIPs.
Eu e a Charlotte fomos para perto dos meninos.
Xxxxx1- Dona Adel vc não tinha falado que teriamos a magnífica presença dessa moças adoráveis.- fala um dos meninos, que estava olhando para a Charlotte, e a mesma fica vermelha.
Charlotte: obrigada
Eu : muito obrigada, prazer me chamo Ariel e essa menina que parece um pimentão se chama Charlotte kkk
Xxxxxx1: o prazer é todo nosso, me chamo Bernardo e esse chato se chama Daniel.
Vó: Não fala assim do meu anjinho- fala abraçando o Daniel de lado.
Eu: Nossa vó já me trocou - falo fazendo um pequeno drama.
Daniel e Bernardo: VÓ??- falam surpresos.
Vó: sim ela é a minha netinha, aquela que eu sempre falo para vocês
Daniel: Então você surfa ?- falou surpreso
Eu: Surfava, não surfo mais. Porque está tão surpreso?
Daniel: você não tem cara que surfa!
Eu: Não sabia que existia "cara de quem surfa", mas eu não surfo mais, e também não pretendo voltar. Agora se me dão licença tenho que ir.
Estava caminhando pela praia quando...
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Primeiro capítulo dessa nova história, espero que tenham gostado. E caso n tenham gostado, me falem aqui nos comentários no que eu posso melhorar, ou se realmente essa história n é uma boa ideia kkkkkkkkk
Bjs people
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Em Maresias
RomanceVou fazer um resuminho bem rápido. Ariel resolve dar um tempo de seus problemas em casa, para passar as férias com sua avó. A onde ela n iá, deis da morte de seu avô. E nessa viajem ela acaba esbarrando com o Daniel. E é assim, que essa aventura...