sanatorium. [myg + jhs] ONESHOT

Only.

12 de Setembro de 1998. Gwangju, Córeia do Sul.

 Hoseok estava na sala de casa brincando com seus irmãos quando escutou um barulho forte vindo da porta, e viu seu padastro completamente acabado e com uma arma nas mãos. Ele começou a gritar pela a mãe de Hoseok e a mesma apareceu desesperada, quando a mesma viu a arma nas mãos daquele homem, soltou um sussurro para Jung ir se esconder, o mesmo a obedeceu e correu para o quarto de sua mãe. Logo os gritos do homem começaram; ele havia descobrido da traição que sua mulher cometeu e queria se vingar por isso. Hobi também escutou o choro dos seus irmãozinhos e queria muito ir até lá e os trazerem para cá também, mas preferiu obedecer sua mãe.

Logo um barulho alto ecoou pela casa, e o pequeno deduziu como um tiro. Deixou um grito escapar de sua garganta e imediatamente cubriu sua boca, seus olhinhos se encheram d'água. O choro dos seus irmãos era alto e estridente. Aquele som se repetiu mais uma vez, e Hoseok desabou em lágrimas. Ele estava apavorado, sabia o quanto seu padastro era intimidador e o pequeno morria de medo do mesmo. Ele também tinha medo do que aquele homem era capaz de fazer com sua mãe e seus irmãos. Jung percebeu que no andar de baixo só se ouvia o choro dos bebês e saiu correndo daquele cômodo.

Quando chegou no ambiente aonde estava acontecendo a confusão, sentiu suas pernas amolecerem e sua visão ficar um pouco escura. Dois corpos adultos caídos em cima de uma poça de sangue e dois bebês chorando sem parar. Correu para o corpo da sua mãe e chamou ela milhares de vezes, suas lágrimas não paravam de cair, ele queria gritar por ajuda, mas a única coisa que sabia fazer era chamar pelo nome de sua mãe. Ele abraçou o corpo fraco de sua mãe e chorou demasiado, chorou tanto que ás vezes soluçava. Depois de um tempo escutou barulhos de sirenes e logo mais, vários homens invadindo sua casa. Dois policiais pegaram seu irmãos e um veio lhe pergunta o que havia acontecido, ele não sabia responder, sua voz não saia.

- Faz minha mãe acordar... - ele murmurou e deixou um soluço escapar. O policial o pegou no colo, e ele gritou, não queria sair de perto de sua mãe; não queria abandonar sua mãe naquela hora. O policial depois de muito esforço, imobilizou o menino e deixou o mesmo com uma policial. Havia pena no olhar daquela mulher. - Eu quero minha mãe, me deixe voltar pra lá! Pra aonde vão levar meus irmãos? Eu também quero ficar com eles. - Hoseok gritava e chorava. Ele estava apavorado, será que ninguém ali entendia que ele queria ficar com sua família? Sentiu uma picada em seu braço e tempo depois sentiu uma leve dormência. O sono se deu por vencido e o pequeno adormeceu no colo da policial.

A partir dali a vida do menino virou um inferno, primeiro veio os incontáveis interrogatórios que ele tinha com uma mulher toda de branco e que dizia que seu nome era Mina, mas nada daquilo adiantava, Hoseok sempre falava as mesmas coisas; ''Eu quero minha mãe.'' ''Para onde vocês levaram meus irmãos?'' ''Minha mãe está bem?'' ''Me tirem desse lugar, eu quero ver minha família.'' Depois disso veio os pesadelos, sonhava com seu padastro matando sua mãe, seus irmãos e ele. Acordava assustado, se encolhia e chorava, tudo o que ele mais queria era os braços de sua mãe ao redor do seu pequeno corpo, o acalmando. E enfim, veios os delírios. Jung via seu padastro completamente ensaguentado, com uma arma na mão e dizendo que iria matar o menor. O mesmo ficava apavorado e chorava até alguém vim e sentir aquele maldita picada no braço e aquele sono que nunca conseguia resistir.

Não demorou muito para que o Hoseok fosse internado em um sanatório, ele estava cansado daquilo tudo, só queria ver sua mãe e seus irmãozinhos. Todo dia aquela mesma mulher de branco vinha lhe visitar, fazia as mesmas perguntas e o Jung respondia as mesmas coisas. Era obrigado a tomar remédios para o que ele não sabia. Tinha os mesmo pesadelos, as mesmas alucinações. Continou assim por 14 infernáveis anos, até ele conhecer Min Yoongi, o qual o pálido dizia que era seu meédico. Hobi não entendia, por que um médico se ele não estava doente?