Sabe aquele desejo incessante de ter alguém para si? Então, eu tinha.
E ele tem nome e sobrenome: Lee Jooheon.
Jooheon era o meu desejo.
Mas não tinha certeza se eu era o desejo dele.
Toda vez que ele vinha aqui em casa, trocávamos olhares, discretos da parte dele; eu, por outro lado, olhava-o sem pudor algum.
Quando ficávamos sozinhos na sala de estar, eu dava um jeito de flertar. E Jooheon sempre se fingia de desentendido e desviava das minhas tentativas de sedução.
Eu até entendo o lado dele. Provavelmente, meu pai não iria gostar de ver seu filho dando em cima do melhor amigo e sócio.
Mas o que os olhos não veem, o coração não sente.
[...]
Era sábado, e eu estava praticamente jogado no chão frio do meu quarto. Todos os meus amigos deveriam estar ocupados trabalhando agora, então nem me dei o trabalho de ligar para algum deles.
Eu sou rico, então não preciso trabalhar. Na verdade, meu pai não deixa.
Não sei os motivos de ele não deixar eu trabalhar, afinal, sou filho único, e alguém terá que assumir a empresa quando ele morrer.
Bom, esse alguém não será eu, será Jooheon, que é super capacitado, competente, inteligente, entende para caralho de carros, estudou a vida toda e é lindo. Tudo isso sendo dois anos mais velho que eu.
Resolvo ir para a cozinha beber algo, já que estava muito quente no meu quarto, mesmo com o ar condicionado ligado. Desci as escadas pulando de dois em dois degraus, e quase torci meu dedo mindinho por causa disso.
Chego na cozinha e ela está vazia, o que é muito estranho, porque geralmente meu pai e minha mãe sempre estão aqui a essa hora da tarde.
— Changkyun — a empregada fala, entrando pela porta dos fundos. — Que bom que está aí, o Sr. Im mandou eu te dar um recado.
— E qual seria? — indaguei e cocei meu queixo.
— Seu pai fez uma viagem de última hora, parece que a KWI Motors de Daegu teve um problema sério — informou, e quando eu abri a boca para perguntar, ela respondeu que minha mãe tinha ido junto.
Ter uma franquia de carros esportivos rendia muito lucro ao meu pai, mas dava problemas na mesma proporção. O que eu não achava ruim, já que ele viajava muito para resolver os problemas, e eu, consequentemente, ficava sozinho em casa. Eu adoro ficar sozinho.
Mato minha sede bebendo da deliciosa água que sai do filtro da geladeira enorme que temos em casa. Vou para a sala e jogo-me no sofá, ligando a TV.
Canal por canal, procurei algum programa que me interessasse, mas não achei nenhum que me tirasse do tédio.
Quando a campainha tocou, eu levei um susto, mas me segurei para não soltar um berro. Chamei o nome da empregada, porque eu não queria levantar para atender a porta, mas já havia dado o horário de dispensa, então tive de abrir a porta eu mesmo.
— Jooheon Hyung? — olhei confuso para o ser de cabelos castanhos parado em minha frente. — O que faz aqui?
— Vim conversar com uma pessoa.
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❥ DESIRE | JooKyun one shot
FanfictionNa qual Changkyun tem um enorme desejo por Lee Jooheon, sócio e melhor amigo de seu pai. Conteúdo +18 © jooheonsfw - 2018