• TRUTH OR TRUTH •

27 1 0
                                    

Lola narrando

Eu, Rose e Jade dissemos que passaríamos no Mc Donald's e compraríamos o almoço, e assim fizemos. Quando chegamos, todos já estavam jogados na sala, alguns no sofá e outros no chão. O que me chamou a atenção mesmo foi Íris sentada ao lado de Matthew, que estava com seu braço sobre os ombros da mesma que estava rindo de Hayes.
Apenas continuei andando e ri ao ver Jade levantar o pacote de lanche em sua mão.

— COMIDA MEUS NENÊ - ela gritou e todos riram.

— Qual das? - Taylor disse olhando para o corpo da menina zoando e ganhou um tapa na cabeça, puxando a morena para um abraço desajeitado em seguida.

Todos sentamos na sala e botamos play em Frozen - Uma aventura Congelante enquanto comíamos.
No meio do filme, mais precisamente na parte onde a Elsa congela o coração da Anna, ouço alguém fungar. Quando olho para o lado, vejo Cam abraçado com uma almofada com os olhos marejados.

— Não é possivel Cameron - digo baixo para não atrapalhar o filme é rio, e o mesmo me olha.

— Eu não 'to chorando não, tá? Só caiu alguma coisa no meu olho. - o moreno limpa uma lágrima rapidamente.

— Ah, entendi, então você boa 'ta triste porque a irmã congelou o coração da Anna, quando a Anna só queria ajudar e mostrar pra Elsa que ela não era o monstro e que as pessoas só aceitariam isso quando ela aceitasse?! - olho para ele com as sobrancelhas erguidas.

— PARA LOLA - ele grita e apoia a cabeça no meu ombro, e eu logo sinto o mesmo molhado.

[...]

Íris narrando

Haviam três sofás na sala. Em um, Aaron estava deitado, com Elena sentada sob suas pernas; no outro, Lola estava sentada, seguida de Cam, Rose e Jack G; no outro estavam Jade e Jack J dormindo sentados, já que Jade apoiava a cabeça no ombro de Johnson e o loiro apoiava a cabeça na cabeça da morena; e ao lado deles Hayes e Chloe, enquanto Chloe estava com as pernas sobre as de Hayes e os dois tinham os dedos entrelaçados; No chão, estávamos eu e Matt sentado na frente do sofá de Hayes e Chloe, agora eu estava sentada e ele estava deitado com a cabeça em meu colo, sobre uma almofada, enquanto eu fazia carinho em seu cabelo; Nash,, Shawn e Jacob estavam estirados no chão, com entrados no filme; Sammy e Nathan estavam sentados mexendo no celular e Carter estava numa ligação na cozinha.

— Vou tomar um ar. - me aproximo do ouvido de Matt e sussurro para não desconcentrar os outros.

— Vou com você. - assunto e nos levantamos, eu sinto o olhar de todas as meninas sob minhas costas, mas dirijo meu olhar só para Elena.

Nós tínhamos essa coisa. Sabíamos ler o que o olhar da outra expressava. Sempre fomos assim.
Como por exemplo, ela me perguntava se a gente tava de casal ou íamos só dar uns beijos. Eu só respondi com um olhar sem significado. Queria dizer confusão. Que era como minha cabeça estava.
Matt abre a porta e me da passagem, que sigo até a escada, me sentando na mesma. Não demora muito até que o moreno se senta ao meu lado. Eu estava abraçando meus joelhos contra o peito, estava um pouco frio; e Matt tinha suas pernas abertas, com os cotovelos apoiados nos joelhos e as mãos unidas. Ambos olhando para frente. A vista dali era bem aconchegante. Do outro lado da rua de Matt, havia uma cerca não tão grande, que delimitava o espaço de um pequeno bosque. Choveu de manhã, e o céu estava nublado. Aquilo pra mim era o clima perfeito.

— Gosto de olhar daqui. - falo baixo, sem desviar os olhos da rua.

— Eu também. Sento aqui quando minha mãe tem algum tomara-que-caia de ansiedade e começa a quebrar algum cômodo da casa. - olho para ele com o cenho franzido e ele me olha sorrindo de um jeito reconfortante, como se estivesse tudo bem, mesmo que o problema fosse com ele. - Nem tudo é perfeito.

— Tudo bem por você falar sobre isso? - murmuro e procuro qualquer sinal de hesitação em seu rosto. Mas não há.

— É claro. Com você tudo é bem de boa na verdade. - ele olha para os pés e da de ombros. É a primeira vez que o vejo com vergonha. - Meu pai passa o dia todo trabalhando, nunca está em casa. Vejo ele uma vez por semana, se uber sorte. Eles dois sempre discutiam por isso, até que um dia a coisa ficou feia e eles ameaçaram se separar. Quando meu pai abriu a porta do quarto pra sair de novo, bem... eu 'tava lá. Eu tinha 15 na época, e uma lágrima rolou do meu rosto, sabe, é foda ouvir seus pais, os ícones de amor e alma gêmea - ele gesticula, como se fosse algo grandioso - falando que tudo está uma merda. Eles não se separaram por mim, e foi pior assim. Meu pai começou a vir em casa com menos frequência, minha mãe seguiu ele é descobriu que ele tinha um caso. Eu sei porque já vi meu pai dar em cima de garçonetes, enfermeiras, secretarias... Toda vez que saímos juntos é a mesma coisa. Minha mãe fingiu que não sabe, e quando ele não vem quando deveria vir e não responde às mensagens dela, ela sabe que está sendo traída, mas não quer se separar pelo bem da família, então surta. A última vez que tentei segura-la, ela jogou um prato na minha direção sem querer, e depois disso me fez jurar que sairia de casa toda vez que ela perdesse a linha. Eu já disse que ela tem mais é que se separar dele, e recomeçar, mas ela não me escuta. O pior disso tudo é saber que mesmo sem querer o culpado sou eu, entende? - ele faz uma careta. Ele não estava triste ou chorando. Parecia que já tinha se acostumado com aquilo tudo.

— Não se sinta culpado. Eu sei muito bem como é não ter voz na sua própria casa, dentro de uma situação que trata da sua vida. - suspiro e olho para meus pés, que estavam cobertos apenas pela minha meia.

O garoto passa seu braço pelo meu ombro e me puxa para perto. Eu apoio minha cabeça em seu ombro, mas continuamos olhando para frente.

— Se quiser falar sobre, eu 'to disponível. Qualquer hora. - ouço o menino dizer e em seguida seus dedos se envolverem em meus fios, fazendo um carinho gostoso ali.

The New One Onde histórias criam vida. Descubra agora