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Não sei o que estou fazendo aqui. Meus objetivos são apenas metas que deixam de existir. Esses pensamentos ruins me deixam farta por dentro, com a sensação de que tudo vai desmoronar. Ela não sai da minha cabeça. Duas semanas atrás, tudo de ruim aconteceu.

Leucemia. Ela tinha leucemia. Como me doeu quando descobri. Ela dizia que era só uma dor passageira, e eu acreditei. Deixei passar. Os médicos me contaram que ela não aceitou fazer o tratamento. Eu deveria ter ajudado, deveria ter buscado saber o que estava realmente acontecendo.

Agora estou sentada na recepção do hospital onde minha mãe se encontra. Parece um pesadelo que não tem fim.

— Por que, mãe? O que posso fazer para você melhorar? Por que tudo isso está acontecendo?

— Srta. Castiel? — alguém me chama, tirando-me dos meus pensamentos. Meu coração começa a acelerar.

— Sim. Sou eu! — Levanto-me atemorizada, estou mal, quase não consigo parar em pé.

— Sou o doutor Charles. — Balanço a cabeça, tentando demonstrar percepção.

— Minha mãe, ela já va... — Ele interfere em minha fala.

— Eu... sinto muito...

— Não... Isso não pode estar acontecendo, não... Minha mãe não, ela não pode me deixar. Doutor, o senhor só pode estar brincando. Por favor, onde ela está? — Não consigo acreditar, ela não pode ter ido embora.

— Sara. Posso chamá-la assim? — Não, por favor, quero minha mãe. Minhas lágrimas corrompem minha visão e não consigo mais ver nitidamente a imagem do médico à minha frente.

— Senhorita, se acalme. — Ele segura um dos meus ombros. — Não... — Solto um grito, caindo no chão. O médico tenta me ajudar a levantar, mas os outros impedem, deixando-me ali.

— Preciso ver minha mãe, eu tenho que ver ela! — Levanto-me e corro para o quarto onde minha mãe deveria estar. E ela está lá, pálida e fria. Abraço-a e não consigo mais ouvir seu coração.

— Mãe, não me deixe aqui. Você prometeu me proteger, não pode me deixar aqui. Eu deveria ter te ajudado, não vou deixar isso acontecer!

— Senhorita, você precisa descansar! — Uma das enfermeiras tenta me tirar do quarto, outros médicos vêm ajudá-la.

— Eu só quero ficar com minha mãe, me deixem ficar!

— A senhorita não pode ficar. — Os médicos me controlam com as mãos nos meus ombros e me tiram do quarto.

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⏰ Última atualização: Aug 05 ⏰

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