epifania

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era fácil e doce fechar os olhos, sentir o vento balançar o cabelo e arrepiar minha pele com o frio que carrega. não havia mais nada com que ele devesse se preocupar, afinal haviam seus amigos, sua família, seu núcleo de amor os quais lhe garatiam conforto e paz. em dado momento, tudo aconteceria tão depressa quanto uma avalanche de neve na Antártida. os sentimentos seriam bombeados com força, se expandiriam dentro de si como se não houvesse mais nada com que ele devesse se preocupar.

era paixão, foi amor e dor. todos os ciclos amarrados, esmagados, queimados e esquecidos. taehyung sequer se lembrava de qualquer coisa com detalhes, não se importava mais. até que alguém tocasse no assunto, não haveria um sequer relacionamento a se lembrar. o contato salvo ainda levava o mesmo nome, com o mesmo coração ao lado. certo dia olhou a agenda do celular e riu soprado; esqueceu completamente de mudar aquele nome bobo.

finalmente respirava de verdade, finalmente voltou a fechar os olhos com facilidade e doçura, sentir o vento, sentir a si mesmo como um ser idependente. taehyung era seu, apenas seu, grandioso e bonito. toda e qualquer promessa havia sido enterrada, e ele nunca se sentiu tão feliz por ter se livrado de um amor, mesmo que soubesse que se o visse, ainda seria carinhoso e saberia de todas as boas qualidades. acabou e ele não se importava mais.

taehyung está vivo e vive por si só.

às minhas amigas, às memórias, aos meus pais e à força que habita em mim, com carinho
Maria Luiza.

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⏰ Última atualização: Mar 19, 2020 ⏰

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