Dedicado.
Era essa a palavra que eu me definia no relacionamento com Michael. Mas agora, depois de um fim de relacionamento onde fiquei semanas em lágrimas, decidi levantar a cabeça e seguir em frente.
Naturalmente, uma carta vindo do norte da Austrália me chamou a atenção. Meu primo de terceiro grau, Ashton, iria se mudar para a cidade grande comigo e queria que eu fosse vê-lo antes de viajar.
Ashton e eu não nos consideramos parentes, até porque terceiro grau é muita coisa. Me lembro dele criança, na fazenda. Ele era dois anos mais velho do que eu, mas isso não impedia nossas brincadeiras na beirada do rio, ou nas árvores.
Eu adorava passar minhas férias lá.
Agora, anos depois de nunca mais pisar naquela fazenda, me encontro dentro do carro do Tio Harry, pai de Ashton.
Eu mascava chiclete e encarava as sombras das árvores. Estava tão quente que eu achei que fosse derreter. Mesmo com uma regata vermelha e uma bermuda com tênis, achei que estava agasalhado com lã e algodão.
Tio Harry estava com uma cerveja na mão direita e dirigia com a mão esquerda. Sempre sorrindo. Eu me lembraria sempre dele, brigando comigo e com Ashton no dia que caímos do celeiro: Uma perna quebrada e um braço quebrado foram nossos castigos. E claro, o Tio Harry fez a gente lavar o chiqueiro, mesmo com ataduras.
Quando chegamos naquele lugar, eu desci correndo do carro para respirar ar puro. Ar de roça, de fazenda.
Foi quando eu percebi que estava sendo observado por uma tentação humana.
Aquele não poderia ser meu primo.
Ashton estava sem camisa e corria até o carro. Deixando a pilha de feno de lado. Malhado e rude, Ash havia se transformado de moleque atrapalhado para um homem seduzente e delicioso.
— Primo! — Ele estava com um palito entre os dentes — Ora, que surpresa. Olha tu, como tá grande.
Eu abracei ele. Corpos colados, e eu não reclamei.
— Ash. Como você tá bonito. — Soltei, encarando aquelas íris e aqueles lábios.
Eu soube que eu estava em uma enrascada quando ele sorriu e eu vi aquelas covinhas.
Maldito Ash.
Fui recepcionado e amado pelos meus tios. A casa ainda tinha o mesmo cheiro, a mesma forma. Casa australiana quente e acolhedora.
— Olha como cresceu — Minha tia me olhou — Parece um homem!
— Sou um homem, tia — Sorri — Que cheiro gostoso. É pão caseiro?
— É, mas não vai comer agora. Ash, leve o Luke para dar uma volta, ver o celeiro. Não quero menino aqui em casa enquanto amasso o pão.
— Claro. Simbora, franguinho.
O caminho era longo e então, Ash e eu tínhamos muito o que falar. O problema era que secar meu primo não estava em meus planos. Eu estava aqui para buscar ele e ficar calmo e tranquilo.
Mas agora, eu estava lá, torcendo para que meu primo me deixasse passar a minha boca naquele queixo macio que ele tinha.
— Como que é a cidade grande? — Ele perguntou.
— Ah, Syndey é linda — Eu olhei para as árvores — Minha mãe já preparou seu quarto.
— Eu terei um quarto lá? Engraçado. Mas obrigado Luke, por vir me buscar.
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My dear cousin (Lashton)
FanfictionLuke viajou para as fazendas australianas para relaxar a cabeça depois de um término. Mas ele não esperava encontrar seu primo de terceiro grau, Ashton, sem camisa cuidando do feno. OneShot Lashton.