Perdi meu olhar no meio das flores cor carmim, minha cabeça – Lotada de pensamentos, perguntas e problemas nesses últimos dias – parecia em paz. Enquanto observava o vento balançar as pequenas e delicadas pétalas das rosas, meu corpo relaxou, e minha mente também. Os campos em que me encontro agora fazem parte dos poucos lugares que posso chamar de meu, afinal, eu sou a única corajosa – Ou burra demais – De frequentar o lugar onde Offenderman – aquele estupradorzinho gostoso pra caralho – planta suas flores que exalam luxuria.
Nunca entendi como flores tão belas podem ajudar alguém á fazer algo tão horrível como uma curra. De fato, isso me ensinou que nem sempre ás coisas são como parecem.
- Por que insiste em ficar aqui? – Calorosa e fria ao mesmo tempo, sentou-se ao meu lado e mexeu em seus cabelos castanhos – Não tente me engodar novamente, não será tão fácil como da ultima vez.
A ultima vez, oh, que dia cômico e trágico ao mesmo tempo. Lembro-me que Off havia me pegado bisbilhotando as suas flores – exatamente como estou fazendo agora – E quase me deu uma surra. Eu teria apanhado muito, se não fosse esse animal moreno que entrou na frente. Eu menti pra ela naquele dia, disse que havia me perdido e que, acidentalmente tinha achado o campo de flores.
- Aquele dia foi engraçado – Ri baixo, sentindo seu olhar sobre mim –Gosto de ficar aqui. Olhar as flores. É relaxante.
- Hum, eu sei. Eu também fico aqui durante a maior parte do dia –Balbuciou colocando as mãos dentro do bolso do moletom. Abri a boca surpresa. Como ela ficara aqui todo esse tempo e eu nunca a vira? Se ela sabe que eu fico aqui por espontânea vontade, então por que me ajudou naquele dia?
- Por que me ajudou naquele dia? – Engoli a seco esperando uma resposta que não veio. Júlia apenas se levantou e, sem pronunciar uma palavra sequer, foi embora. Sua silhueta desenhada pelo sol entre as colinas verdes e repletas de flores me vez querer desenhar.
Um sussurro, o vento me trouxe seu sussurro, soava como “ele está vindo, Isabelle”, minha mente quis agir, sair correndo, me esconder. Mas o meu corpo quis ficar, quis me levar até o limite. Eu sabia o porquê disso. Sabia o porquê das opiniões divergentes dividindo minha mente e meu corpo em dois.
Minha mente, deveras mais sensata, queria que eu saísse de lá e não sofresse com as consequências dessa admiração obsessiva que eu sentia pela entidade sorrateira, luxuriosa e assustadoramente sexy.
Já o meu corpo, movido pela emoção, pelo momento, queria me manter ali, parada, sentada, submissa, para que, quando Offenderman chegasse, fizesse aquilo que bem entender com o meu corpo. Porque no final, eu sempre seria dele, fisicamente falando, mentalmente falando e, principalmente, sexualmente falando.
Passaram-se mais alguns minutos até que, finalmente, senti sua presença.
- Isabelle... – Chamou-me com sua voz rouca, seu tom não era dos mais amigáveis – O que faz novamente em meus campos?
Não o respondi, muito menos me mexi quando agarrou-me pela cintura com um de seus tentáculos, este que me levou para perto do “rosto” da criatura.
- Olha Offenderman, eu vou ser sincera contigo parça – Resmunguei, estava oficialmente cansada desse nosso chove não molha cotidiano. Ele sabe que o quero, mas se faz de desentendido – Eu quero você nu na minha cama, de preferencia, me fodendo – Cruzei os braços lançando- lhe o meu melhor olhar debochado.
A entidade permaneceu parada, e eu apenas manti meus olhos nela, o movimento de seus tentáculos parou e um sorriso malicioso brotou em tua face. Oh céus, finalmente este “homem” vai tomar uma atitude digna de uma criatura luxuriosa.
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Querido Offenderman (História Terminada)
Horror- Isabelle... - Chamou-me com sua voz rouca, seu tom não era dos mais amigáveis - O que faz novamente em meus campos? Não o respondi, muito menos me mexi quando agarrou-me pela cintura com um de seus tentáculos, este que me levou para perto do "rost...