Amor por contrato

Poderia?

- Harry...

Ele levou um susto enorme, e imediatamente virou para trás e me olhou.

- Camila?!

Meu corpo gelou, ouvir meu nome saindo de sua boca novamente era tão bom.

- O que faz aqui?

- Eu vim te visitar. - Falei. - Posso?- Perguntei apontando pro sofá e ele apenas assentiu. - O Zayn me contou tudo.

- Tudo o que? - Se fez de desentendindo.

- Não se faça de desentendindo. - Retruquei. - Porque não me disse?

- Camila... - Ele sentou ao meu lado. - Não conversarmos sobre o que aconteceu, quer dizer que é passado e é lá que deve continuar.

Senti uma pontada forte em meu coração. Porque ele estava me tratando dessa forma, fria?

- Nossa. - Levantei. - Desculpa se vim aqui para tentar resolver as coisas. Realmente não queria atrapalhar.

- Resolver o que? O fato de que você esta noiva? Esqueceu de mim rápido, não?

- O que? Eu nunca esqueci você, seu idiota. - Olhei dentro dos seus olhos com muita irá. - Simplesmente não podia ficar esperando você voltar. - Soltei as palavras no ar. Harry abriu e fechou a boca várias vezes, mas não falou nada. - Eu vou embora.

- Camila espera. - Ele segurou meu braço. - Por favor.

Voltei e sentei no mesmo lugar que antes, sabia que assunto era o que não iria faltar. Começamos pelo fato dele estar em uma clínica de reabilitação, ele me explicou todos os motivos.

A conversa rendeu muito bem, era como se fossemos velhos amigos. Estar ali com ele era tão bom, era libertador.

- Eu preciso ir. - Falei, mesmo sem vontade.

- Vai voltar amanhã? - Perguntou de um jeito doce.

- Não sei se deveria, não posso ficar muitos dias aqui.

- Por favor, esse lugar é horrível. - Falou sorrindo. Aquele sorriso, como eu sentia falta dele.

- Okay, eu venho.

- Você promete?

- Prometo.

Ele me levou até a porta de saída, e la Zayn me esperava. Os dois se cumprimentaram e logo fomos embora. Ficaríamos na casa de Harry, a pedido de sua mãe.

E la estávamos nós, na grande casa que Harry comprou em Londres. Enquanto sua mãe preparava algo para nós jantarmos e Zayn tomava banho, fui dar uma volta pela casa. E acabei encontrando o quarto de Harry, não fiz me de rogada e logo entrei para dar uma olhada.

A cama era de casal e estava totalmente arrumada, o quarto todo na verdade estava arrumado. Mas o que me chamou a atenção mesmo, foi a foto que tinha em cima do seu criado mudo.

Ele ainda tinha esta foto. Tiramos um pouco antes de ir para festa da Guess... más lembranças, porém a foto ficou linda. Ao lado dela tinha outra.

Essa tiramos no acampamento, onde tivemos nossa primeira vez. Milhões de lembranças tomaram conta de mim. Ele foi tão perfeito nesse dia, tão carinhoso e cuidadoso, daria tudo pro tempo voltar e sentir aquelas borboletas no estômago novamente.

***

2 mês dps...

- Como você é infantil. - Reclamei tirando a colher do nariz dele.

- Ta brava, é? - Perguntou me empurrando so sofá. Eu cai deitada e ele subiu parcialmente em cima de mim.

- Não. - Respondi virando o rosto.

Em uma tentativa falha, tentei tira-lo de cima de mim. Mas ele obviamente era mais forte que eu.

- Sabe que horas são?

- Deve ser umas três e meia. - Respondi inocente.

- Não! É hora da cosquinha.

Nem tive tempo de protestar, ele começou uma sessão de cosquinha em mim, me tirando risadas alta. Relutei de inúmeras formas, mas nenhuma delas deu certo, Harry continuou com aquelas cócegas até cansar. Quando ele finalmente cansou, sentou da forma correta sobre o sofá e eu sentei logo em seguida, olhando pra ele com um olhar mortal. Harry tinha um sorriso doce nos lábios e eu sentia vontade de beija-los, mas não podia...Eu ainda era noiva, não podia trair o Alessandro dessa forma.

Ele ficou me olhando intensamente, como se seu mundo dependesse disso, e eu retribui o olhar... Meu mundo era tão completo quando ele estava por perto, porque as coisas eram assim?

Harry aproximou um pouco mais de mim, o que me deixou mais nervosa que o normal. Aos poucos suas mãos foram parar em meu rosto, e afastaram meus cabelos, colocando-os atrás da minha orelha. O quão cômico era esse momento? Meus sentidos gritavam para mim levantar e sair, mas meu coração pedia por favor pra mim continuar ali, sentada esperando o próximo passo dele.

Harry aproximou seu rosto ainda mais do meu, seus lábios ficaram próximos de mais, se eu fosse um pouco pra frente nossos lábios se chocariam. Nossas respirações batiam frente a frente, e meu coração disparou.

- Estou tão próximo, é a sua chance de tomar uma atitude. - Eu sorri com sua fala, mas não tive forças pra seguir com aquilo. Eu não poderia, poderia?