Prólogo

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Hallo baes, tudo bem? Espero que sim!

Boa leitura! E qualquer erro é só avisar que irei corrigir :)

***

Ponto de vista da Lauren Jauregui

"Tenha coragem, Lauren!" essa frase se repetia inúmeras vezes em minha mente.

Eu estava de pé no parapeito do terceiro andar de minha residência, pronta para findar com a minha vida e esse sofrimento de uma vez por todas, mas até para acabar com isso eu sou um fracasso, pois eu não conseguia soltar o pilar em que me segurava.

Liberte-se, finalize com isso de uma vez, vai, Lauren, vai!... A voz em minha mente ordenava, porém meu corpo estava langoroso e não conseguia fazer nada além de encarar o sombrio da profundidade de três andares abaixo de meus pés. O choro era silencioso, mas soluços estavam presentes e algumas lágrimas escorriam no meu rosto caindo diretamente em minha blusa vermelha deixando marcas escuras, como se fossem sangue. Minha respiração desmedida fazia meu peito subir e descer de um modo frenético me causando a mesma sensação de crises de asma, ao olhar minhas mãos conseguia perceber que estava mais pálida que o normal, provavelmente por causa do pavor.

Cada vez mais veloz o céu estrelado era tomado por nuvens da cor dos olhos castanhos dela, apesar disso ainda podia enxergar minha constelação favorita, a Ursa Maior, entretanto nem sempre havia sido a predileta - pois era a de Caranguejo por causa do meu signo -, porém se tornou com os acontecimentos que ocorreram nesses últimos trinta dias, mas por quê?

A história na mitologia grega diz que "Zeus era muito levado e queria ir para cama com a mulher a qual não era casado, sua mulher, Hera, descobriu a traição de Zeus, por ciúmes e vingança transformou a amante, Calisto, em uma ursa... Zeus, para evitar a morte da amada por uma flechada de um caçador transformou-a em uma constelação, conhecida como Ursa Maior". Talvez, me transforme em uma constelação assim que parar de respirar, acabei soltando uma risada sem humor algum, apenas, rindo da minha própria desgraça que havia causado.

Ao fechar os olhos e suspirar múltiplas vezes, senti uma garoa gelada encostar em minha pele me causando arrepios por conta do vento cortante que a acompanhava como aliadas, prontas para me dar o gosto da morte, em razão de que assim meu corpo ficaria após encostar no chão, tão gélido quanto a chuva, e o sangue não percorreria em minhas veias na tentativa de me aquecer, já que meu coração pararia de pulsar visto que meus ossos estariam fragmentados e meus órgãos rompidos.

Comecei mirar o céu, a tempestade que havia se instalado ali era tão horrível e turbulenta que nem meus pensamentos. Senti meu peito arder em chamas a cada respiração descompassada, nunca estive tão morta, mas a única coisa não morria em mim era minhas memórias, essas memórias...

Me sentia tão cansada, como se tivesse me movimentando agitada, isso me fez sentar no parapeito de madeira antiga com cautela, embora, um deslize e eu acabava com isso tudo logo, sem poder protestar.

Isso nunca parará, só piorará cada vez mais, a vida é como aquele homem que me fazia o tratar como meu pai, no entanto, espancava doce mulher que eu sentia uma enorme alegria de chamar de mãe. Não, está é a morte!... Mas não importa acaberei com isso de qualquer forma. Me levantei e encarei o abismo abaixo de mim, larguei a coluna de cimento que me dava uma certa segurança porque agora estava decidida acabar com isso. Cairia lá em baixo como a chuvarada e o pranto que escorria novamente em minha face, o vento me ajudaria a voar, voar como uma pena e minhas dores seriam mais leve que meu corpo flutuando quilômetros abaixo.

- LAUREN - escutei o grito estridente vindo de trás de mim, eu conhecia essa voz doce. - DESÇA DAI - protestou alto. - EU ESTOU AQUI, VOU CUIDAR DE VOCÊ! - seu brado embargado pelo choro me fez procurar o pilar novamente e o agarrar com todas as forças existentes em meu corpo. - Desça, vem para cá - me virei para ela e nossos olhares se cruzaram, meu verde se penetrou no fundo de seus olhos caramelados com vermelho por conta do choro.

- E-eu n-não tenho ma-mais motivos para viver - gaguejei por conta do choro.

- Tem a mim, seus amigos e sua irmã, sua irmã precisa de você agora - disse se aproximando.

- N-não - neguei com a cabeça.

- Você é a única que restou da família.

Uma aflição começou apertar meu coração. Não vá, Lauren! Não jogue mais uma vida fora, sua família perdeu tantos hoje, sua irmã precisa de você. Meu juízo estava retornando, tudo isso por causa dela, porque ela apareceu para mim, como um anjo, sempre me salvou.

- Você não é assim, você é forte - seus passos largos faziam ela se aproximar cada vez mais de mim e uma paz lutar contra os diabos em minha mente. - Eu estarei ao seu lado, vamos lutar juntas contra qualquer sentimento que está aí, por favor, desça.

- E-eu não consigo, eu sou uma bagunça do caralho - suspirei forte enquanto me segurava com uma mão e a outra passava em meus cabelos negros que estavam ensopados.

- Eu sei disso - sorriu fraco. - Mas estou aqui para ajudar com sua bagunça porque eu preciso de você, se fizer isso, eu também morrerei - lágrimas e mais lágrimas escorriam pelo rosto bronzeado da latina que estava corado e com a ponta do nariz vermelho pelo seu pranto - Eu te amo, Lauren!

- Eu também te... - não terminei a frase, pois meu pé escorregou da madeira molhada.

Não tive tempo para sentir medo. Alguns centésimos de segundos após eu perder o apoio, o meu reflexo do susto entrou em ação, meus braços se esticavam em busca de algo para agarrar e me manter viva, mas não havia nada para segurar, estava fadada a isso, a morte como uma suicida.

Consegui enxergar um no segundo no primeiro andar, aonde meu corpo bateu com força e me fez escorregar para a beirada, tentei me segurar na beirada, mas a chuva havia deixado tudo escorregadio, foi inútil e eu despenquei novamente.

Um estrondo do meu corpo colidindo ao chão álgido, fizeram meus ossos doerem e estremecerem. Minha tentativa de respirar falhou, por causa da força da queda meu diafragma comprimiu, expulsando todo o oxigênio presente dos pulmões, consegui arquejar espasmodicamente uma, duas vezes, mas é apenas isso. Sinto a pancada de água me atingir e algo mais espesso escorrer pela minha cabeça, porém a dor não sentia, pelo menos não muita, ou melhor, ainda não, o bloqueio da dor foi obtido através de muita endorfina nos terminais nervosos. Mas talvez não seja endorfina, seja apenas minha hora.

***

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Quem gostar da um tapa na estrelinha como se fosse a bunda da Camila Cabello rsrs

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3 da manhã - Fanfic CamrenOnde histórias criam vida. Descubra agora