The Girl's Club

Capitulo 2: Decisões

     Sinto que é meu dever ajudá-lo é meu instinto,deve ser de família esses instintos, meu pai era médico e minha mãe era enfermeira, foi assim que se conheceram ,em um plantão onde ela era a enfermeira ajudante dele ,segundo minha mãe foi amor a primeira vista,os olhares se encontraram no mesmo momento,era como se tivesse borboletas no estômago,a respiração estava ofegante,como uma explosão de sentimentos, parecia que somente os dois estavam ali não havia mais ninguém, somente os dois, minha mãe disse que isso é paixão, logo depois disso eles se conheceram melhor e hoje são casados,mas eu não acredito nisso "amor a primeira vista" só funciona com princesas da Disney,e eu não sou uma delas.Não sonho com príncipes encantados onde em um pelo dia eles viram e me salvaram de uma torre ou me darão beijos de amor verdadeiro,e me salvaram da terrível feiticeira, que se foda os príncipes e as princesas,nada disso acontece,o seu futuro quem faz é você é não um príncipe com seu beijo encantado e seu cavalo real.

     Tiro garoto do carro e o levanto, pego o seu braço ,e o envolvo em meu pescoço, como faço quando um amigo meu está tão bêbado que não consegue nem andar sozinho,e vou em direção a minha casa,que fica a duas ruas dali, percebo que ele está todo sujo ,sua roupa está cheia de caquinhos de vidro seu cabelo também,ele também tem ferimentos pequenos na testa e nas mãos.Chego na minha casa,tomo a decisão de esconde-lo no porão, meus pais entenderiam errado a situação,sua filha sozinha com um desconhecido desacordado , na rua ,de madrugada,o porão fica nos fundos,vou pelo lado da casa,onde é aberto, encosto o garoto na parede em quando abro a porta do porão tentando fazer o mínimo de barulho possível,pego o garoto e vou arrastando ele para o porão,o coloco deitado em um sofá velho que havia ali, enquanto procuro uma manta,o ouço resmungando.

     -Onde,onde eu tô- ele pergunta colocando a mão na cabeça.

     -Oi ,sou Sadie, prazer,- digo dando a mão para comprimenta-lo mais ele me deixa no vácuo - você sofreu um acidente, bateu o carro,qual seu nome?- deixo a curiosidade falar mais alto e pergunto.

     -Acidente? Carro? Nome?,eu não, não me lembro de nada-com um ar de preocupação ele fala.

     - Não se lembra de nada,nem de seu nome,da onde veio, oque veio fazer aqui,nada nada?- pergunto curiosa.

     -Nada nada - ele me responde com um ar de tristeza.

     Como um cachorro sem dono, percebo o garoto perdido e desalojado,como se nascesse de volta,sem nenhuma memória, lembrança ou sentimentos,nada, também percebo ele com medo, pois uma desconhecida no momento sabe mais da vida dele que ele próprio,e também com medo pois não saberá quando se lembrará de sua vida.Pego a caixa de primeiros socorros, para fazer um curativo nele.

     -Posso?- peço permissão para poder fazer o curativo nele.

       Ele concorda com a cabeça, faço os curativos,dou um anelgezico a ele para as dores de cabeça que ele diz estar sentindo.Meu telefone toca, é Jaeden me ligando "Caralho a festa" penso alto.

     ~Sadie cadê você ,já estou ficando preocupado,tá tudo bem~ a voz do meu amigo soa com um ar de desconfiança.

      ~Oi Jaeden,eu tô bem já estou voltando,só mais um minuto ~ falo para deixá-lo menos preocupado.

      ~Sadie você esta escondendo algo não esta~as palavra soam como as de um policial interrogando um suspeito,meu amigo sempre sabia quando eu estava mentindo só pelo tom da voz,era como se ele estivesse espiando e sabendo o que estava acontecendo aqui.

      ~Sadie? Sadie?Ainda tá aí? SADIE?~ele grita no telefone, volto em si,e repondo meu amigo.

      ~ É claro que não ,tá louco ,nunca esconderia nada de você, amigos não mentem lembra~ aquilo me doía ,mentir para um amigo,eu queria naquele momento contar tudo para Jaeden,mais não podia não era a minha vida que estava em jogo.