Um final feliz

2

Ele estava cansado. Esse havia sido um dos seus piores dias e a semana não parecia acabar nunca. Além das inúmeras reuniões e problemas para resolver, quase ficou sem ninguém para cuidar do seu filho. Em momentos como aquele não conseguia imaginar o que seria dele, sem seu irmão.

Chegando em casa, a primeira coisa que conseguiu fazer foi ligar para seu irmão. Esse era um dia que ele sempre demorava mais para sair do serviço. Entendia porque Stefan queria trabalhar, longe dos negócios da família, mas, às vezes, tudo que desejava era tirar ele de lá e tê-lo por perto.

- Ei, Stefan! Está vindo? - perguntou, assim que seu irmão atendeu. Ele podia ouvir as risadas do seu filho ao fundo e não podia deixar de sorrir.

- Ei Damon! Sim. Bells ficou para fechar por mim. Já estamos chegando.

Damon não se surpreendia mais ao ouvir aquilo. Sempre que Stefan ficava com Thomas, era a mesma coisa.

- De novo? Sabe, eu quase me sinto culpado por ela ter que ficar por último, apenas porque você está com o meu filho.

Stefan riu.

- Tenho certeza que ela aceitaria uma garrafa de vinho.

Damon segurou o riso.

- Ainda vou descobrir se vocês dois tem alguma coisa.

Damon finalmente riu, sabendo que seu irmão deveria estar xingando, mentalmente.

-Tudo bem. Da próxima vez não vou impedir Bella de ensinar algumas coisas ao garoto.

Damon não evitou a careta. Da última vez que aprendeu algo, ele disse coisas nada agradáveis para Bonnie, que havia ido ali apenas para visita-lo.

- Entendi. Uma garrafa de vinho. Melhor, duas!

Stefan riu de seu irmão, lembrando de todas as vezes que Thomas aprontou algo.

- Ótimo! Quero uma para mim também.

- Ainda vou matá-lo, irmãozinho.

Ele desligou sem se despedir, não segurando o sorriso.

Eram apenas os três, mas ele sempre sentia que era sortudo pela família que tinha. Mas, desconfiava que logo os membros daquela família aumentariam. Tinha quase certeza que Stefan gostava de alguém, mas nunca revelou quem era.

Aproveitando que os dois ainda não haviam chegado, tomou seu banho e preparou o jantar para eles. Se sentia melhor ali do que em qualquer outro lugar.

Talvez fosse o motivo para ter superado a morte de Elena tão rápido. Era feliz como era. Não queria mudar. Não precisava ficar longe de seu irmão. Não precisava mudar, como ela fazia questão de dizer e tentar.

Às vezes, se sentia culpado por pensar daquela forma, da mãe de seu filho. Mas, naquela noite, era bom o suficiente. Estava se importando cada vez menos.