sete.

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A sala estava uma bagunça, todos os colchões jogados no chão da sala e Castiel jogava pipocas nos outros.

Ele não tinha culpa, o filme não era o que ele queria ver. Então ninguém ia ver também.

O fato era: era um sábado, e todo mundo estava lá, tipo todo mundo mesmo. Charlie, Liv, Carol, Camila, Giulia, Benny, Meg, até mesmo Jack estava lá. E Castiel só conseguia pensar que aquele filme o faria chorar e ele só queria estar trancado em um quarto, transando.

Céus, Castiel estava cada vez mais ninfomaníaco.

Castiel sentia que algo estava errado, fazia algum tempo que Dean estava estranho. Ele parecia sempre se retrair, se conter.
Talvez ele quisesse apenas guardar um último desejo, mas ele não achava que era só isso. Ele achava que tinha algo mais.

Samuel e Gabriel também sentiam que algo estava estranho.

Mas ninguém comentava, ninguém falava.

- ei, vocês não acham que a Rose foi uma vadia egoísta, ela poderia facilmente salvar Jack? - Charlie disse limpando as lágrimas. Abraçando a namorada mais forte.

- talvez ele tenha pensado nela, vai que a porta vira se ele sobe também, é uma prova de amor. - Samuel disse levantando e indo em direção a cozinha.

- O que você sabe sobre amor? - Samuel parou no meio do caminho ao ouvir Gabriel falar, as provocações estavam o tirando do sério e toda essa raiva de Gabriel estava palpável.

Não houve resposta, a pizza estava para chegar e todos sentaram na mesa, jogando conversa fora e rindo das mesmas piadas que eles sempre contavam.

Castiel sentou ao lado de Dean na mesa, jogando sua perna sobre a dele e sentindo o maior apertar sua coxa.

- Dean disse que tinha uma novidade. - Liv encorajou.

- novidades? Ultimamente eu não fico sabendo de nada mesmo, não é? - Castiel empurrou a cadeira e saiu da mesa.

- eu comprei um apartamento, um apartamento para mim. - Dean disse alto o suficiente para o outro ouvir, derrubando o prato no chão e virando, procurando qualquer​ tipo de brincadeira.

- porque? Você disse que nós éramos uma família e que iríamos morar juntos para sempre, você é meio mentiroso, Dee. - Gabriel disse, mas estava sorrindo, Dean sempre soube o que fazia e se ele queria um lugar só para ele, tudo bem.

- eu não entendo, como assim comprou um apartamento? Você não pensou em conversar com a gente? Sei lá, só pra falar... - Castiel disse e deu um passo, tentando não pisar no vidro, que Jack já tentava limpar.

- É perto daqui e tem um grande espaço, um pouco mais perto dá oficina, e tem até um mercado de frente para o AP. - Dean sorriu meigo, ele parecia estar fazendo uma propaganda. - vou levar minhas coisas para lá amanhã.

- mais já? - Carol perguntou, um pouco assustada, ninguém faz as coisas assim tão de repente.

- eu vou dormir, boa noite.

E Castiel​ deixou a cozinha, trancou o quarto e tomou um longo banho. Ele pensou mais do que deveria e então deitou na cama.

Ignorando todos os chamados do loiro na porta e também as ligações no celular.

Ele não entendia porque ligar, se eu não abri a porta, porque atenderia o telefone?

Boa noite, Dean.

Castiel pela manhã resolveu ignorar Dean e fingir que a noite anterior não aconteceu, que ele não disse um dia antes de se mudar que estava indo.
Que se dane se o apartamento era perto. Ele era um babaca.

Sete desejos. Onde histórias criam vida. Descubra agora