e c s t a s y

Prólogo: Carta.

Sung,

Você me faz dançar sozinho sobre a luz da lua, bêbado de amor.

Você é cruel! Me faz sangrar, me queima, me entorpece. Suas gargalhadas frias provocam arrepios que sobem minha espinha.

Você bebe das minhas lágrimas como se elas fossem gotas do mais puro uísque, me deixe ser a razão de você estar sóbrio essa noite.

Querido, eu não quero palavras desconexas vindas da sua boca novamente.

Porque você me deixa louco pra cacete! Eu quero sua sinceridade, sua malícia, seu veneno.

Eu sinto sua falta.

Eu sinto falta das baforadas de cigarro, do seu perfume amadeirado e do cheiro de álcool que sempre estava impregnado em suas roupas.

Você tem idéia do que fez comigo? Você me deixou viciado em morrer. Agora não importa quantos remédios eu tome, a insônia segura forte nos braços e me sufoca.

Você me destruiu, maldito.

Você consumiu cada gota de bondade que havia em mim deixando apenas o caos da sua passagem, sabe o que eu quero? Eu quero que você se foda, que você se foda tanto quanto você me fodeu!

Eu não entendo porque no silêncio da madrugada eu chamo por você, humpf.

Nessas horas você deve estar fodendo com uma prostituta qualquer não é mesmo? Esse pensamento me machuca, me deixa atormentado.

Eu nem sei porque estou escrevendo para você, Sung.

Você nunca se importou comigo, e nunca se importará, não importa o quanto eu sangre por você.

Eu te odeio, eu realmente te odeio seu bastardo! Você vai queimar junto comigo, as chamas que você me fez sentir... O calor que você me envolveu, você irá pagar por tudo.

É a última vez que você me feriu, Sung.

Yo.