Ficar até a madrugada no bar de Hyunwoo não interferiu em nada quando Jaebum acordou no sábado de manhã.
Ele já tinha uma decisão em mente, e mesmo ainda apreensivo, ele a tomaria.
Não era apreensão sobre o que decidiu, e sim sobre como ele agora encararia uma coisa nova, uma informação nova.
Os passos eram decididos enquanto rumava para a fazenda dos Park.
Jaebum só tinha tomado meia xícara de café, mas já estava acordado o suficiente.
Ele estava indo em direção à escada que dava acesso a varanda e porta dos fundos da casa da fazenda de Jinyoung, quando o viu junto de alguém, andando mais afastado por onde as árvores frutíferas estavam plantadas.
Então ele foi pra lá.
Ele não ouviu a conversa inteira, mas ele sabia que Jinyoung falava dele.
E Jaebum não queria que Jinyoung estivesse achando que a chance de resolver algo pendente de seu passado tivesse acabado.
Não tinha acabado. Prova disso era que Jaebum estava ali. Ele tinha ido até ali.
O que Jaebum não entendeu, na hora, era a razão de ter puxado Jinyoung para um abraço.
Ele sabe a razão disso agora, deitado no tapete da sua sala de estar, olhando para as vigas de madeira no teto alto. Ele não queria deixar dúvidas.
As coisas se passavam normalmente. O que mudava agora era que Jaebum tinha uma pessoa de presença constante na sua vida. Era como se Jinyoung nunca tivesse ido embora. Dez anos que agora não parecem ter existido de jeito nenhum.
Quase toda noite eles estavam em frente à lareira da sala de Jaebum bebendo ou na cozinha comendo o que Jinyoung trouxesse.
Jaebum também havia sido incluído de volta na família Park, e isso tinha trazido de volta a sensação calorosa que ele não sentia há quatro anos. Mamãe Park o mimava mais do que mimava Jinyoung, o que fazia o mais novo fingir irritação sempre que Jaebum estava por perto.
Ah, e Nora tinha uma nova pessoa preferida. A gata não saia do colo de Soyang, o que, até para Jaebum isso era algo novo, pois o felino não é muito adepto à colos e preferia só se apoiar nas almofadas do sofá e o olhar com feição de que não tinha mais paciência com a demora dele para alimentá-la.
Jinyoung havia se tornado parte da rotina de Jaebum. Ele e sua família. Assim como Jaebum havia se tornado da do mais novo.
Jaebum quando precisava de ajuda ou queria falar com Bambam e Yugyeom e não os achava pelo terreno, era certo de encontrá-los na fazenda dos Park.
Ou quando ele chamava os dois para almoçar e eles respondiam que já tinham comido com Jinyoung.
“Você sabe, hyung, a comida da mãe de Jinyoung hyung não dá pra negar.”
Era o que eles falavam sempre. Yugyeom até um dia disse que a comida de Jaebum era ruim perto da que mamãe Park fazia, mas logo retirou o que disse quando Jaebum ameaçou não fazer mais os dumplings que o mais novo tanto gostava.
Devido à proximidade de Jinyoung com os dois mais novos, Jaebum foi notando algumas coisas.
Jinyoung ainda era alguém que se expressava melhor no contato do que com as palavras. Ele vivia abraçando Bambam e, mesmo com a implicância saudável que ele e Yugyeom tinham criado um pelo outro, ele também, sempre que podia, estava abraçando ou acariciando os cabelos do mais novo.
Jinyoung ainda tinha a mania de botar a palma de uma das mãos em frente da boca quando ria e ele ainda conseguia deixar seu olhar transmitir exatamente o que estava dentro de sua cabeça.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Passing Days | jjp
FanfictionJaebum tinha quatorze anos quando seu melhor amigo se mudou da pequena cidade em que viviam para ir atrás de seu sonho na capital. Os caminhos diferentes que os dois pegaram se tornam nítidos quando eles se reencontram dez anos depois. A amizade, q...