A Filha De Haylor |2| (Completo)

Capitulo 11

LINDSAY POV

Eu já perdi a noção do tempo.

Não sinto mais meu pulso.

Estou suada e cansada.

Fome, frio.

O lugar está sujo, umidade nas paredes me fazer ter crises de respiração.

Minhas pernas estão vermelhas. Inchadas por causa das chicotadas que levo quando resmungo.

Meu rosto esta cortado por causa do tampa que levei várias vezes quando gritava.

Meu estomago está fundo, vejo os ossos de minhas coxas.

Estou sem esperanças, apenas com lembranças de um passado que parece ser distante.

TAYLOR POV

Já se passaram 4 meses.

4 meses sem minha filha, 4 meses presa aqui na Europa. Mas não me importo, minha esperança nunca acaba.

Fiz certo em trazer os meninos, eles sempre estão me dando força e me incentivando a não parar.

Harry ainda está procurando, a policia ainda procura vídeos das câmeras.

Mas temos uma pista.

Graças a câmera instalada no quarto, vimos um homem vestido tudo de preto, tampando o rosto de minha filha.

Meu coração sempre aperta ao lembrar dessa imagem, mas Lindsay está viva! Eu sinto.

"Taylor?"

Harry abre a porta e eu guardo a foto de Lindsay.

Me levanto e coloco a mão na cintura logo me apoiando na parede.

"Você está bem?" Ele fica parado na porta me encarando com aqueles olhos verdes profundos.

"Sim. Estou bem" passo a mão no rosto e me aproximo "Estou com fome...tem 2 dias que não como" suspiro.

"Está certo, vamos sair?" Ele aponta para fora mas nego rapidamente.

"Não, vamos comer aqui...cadê os meninos?" Me sento na cama.

"Freddie como sempre saiu. E Yves, me disse que foi fazer uma coisa" Harry se senta ao meu lado.

Sinto o cheiro de seu perfume, o perfume que ele usa desde quando começamos a namorar.

Suas mãos pegam na minha, seu polegar faz carinho nas costas de minha mão.
Olho para ele que estava concentrado em seus movimentos.

Meu coração quer beija-lo. Mas minha cabeça me diz que é errado.

Que se foda, hora de ouvir o coração.

FREDDIE POV

Dou um zoom no meu celular e foco na casa. Estava tudo quieto demais, as luzes estavam acesas mas nada de movimento.

Pego o dinheiro no meu bolso e tomo coragem para ir na na recepção.

O homem alto, com um belo terno branco igual leite e com um cabelo grisalho estava no telefone ocupado, pensei entrar direto no condomínio, mas eu seria visto.

Me aproximo e fico parado em sua frente.

Ele da uma olhada em meu rosto e revira os olhos, me ignorando totalmente.

Fico batendo no sininho em cima do balcão repentinas vezes até o cara me desligar o telefone e rosnar com uma voz grossa e um sotaque inglês.

"O que você quer menino?"