PARTE UM / PRÓLOGO

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       Os dois se encaravam se lembrando da promessa. Nunca deveriam brigar, aquele era o combinado. A tempestade ficava cada vez mais forte ao redor daqueles que, em outros tempos, de declaravam irmãos. O ferimento de Lemuel aumentava, mas ele não ligava. Tudo o que importava era resolver aquela questão.

       - Você continua agindo como um louco! – gritou ele acima da voz dos trovões que não davam trégua.

       - Mesmo diante de todos os milagres, você ainda não acredita! – bradou Sete inconformado.

       A mão de Lemuel tremia. Ele estava segurando uma arma potente, invenção sua mesmo. O alvo era o homem a sua frente. Seu antigo amigo Sete.

       - Você vai ter coragem de me matar? – perguntou. Ele não temia pela vida, não mais. Logo a sua frente, escondidos entre as arvores, ele era observado por amigos que pensavam em como salvá-lo daquela situação.

       - Você é um criminoso, isso está muito claro. Se eu te matar, vou estar cumprindo a Lei.

       - A lei dos homens é tão falha como eles próprios!

       Lemuel se enfureceu.

       - Você sempre foi muito petulante, desde criança. Não vê que a sua vida esta nas minhas mãos? Se eu apertar um botão, você já era.

       Um silencio quase maior que os gritos da tempestade pousou entre os dois. Sete sorriu de canto com um pensamento.

       - Você não pode me matar – disse com firmeza.

       Lemuel bufou e atirou cheio de fúria. E o tiro foi certeiro.

O Duelo dos DeusesWhere stories live. Discover now