Despretensioso coração
Ao procrastinar a solução
Deixa-se vazio um pouco mais.
Bate por bater, sem pretensão
Obedece afinco sua razão,
Almeja somente a própria paz.Desistente coração, tão só
Se cansou de só amar por dó,
Preferiu continuar sozinho
E então seguiu sem tanto nó,
Se refez do que restou, do pó...
Ficou sóbrio, protegido de carinho.Mas, se ele te vir tão perto assim
Não será obediente a mim
Acelera e para num segundo
Instante eterno, não tem fim
Da esperança de ouvir um sim
Nesse teu silêncio tão profundoMas se ele te olhar assim de perto,
Lembrará do teu grande deserto,
Que secou as cataratas da paixão.
Lembrará que o amor era tão certo
Mas, por um destino incerto,
Preferiu lhe dizer não.Volta a ser gelado, o coração
Esqueceu do toque dessa mão
Esqueceu o quanto o fez bem
Volta para a sua solidão
Porque a culpa da sua paixão
Já se apaixonou por outro alguém.
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Poemar
PoetrySão poemas antigos e poemas novos... Alguns escritos há quase 20 anos e outros que ainda nem nasceram... Sobre amor, sobre paixão, sobre dor, sobre rejeição, mas principalmente sobre amor... Estas rimas estão prestes a ganhar asas... Não desista no...