Tudo Por Amor

A morte do Keller

Acordo com a campainha tocando incessantemente me solto de Bia que ainda dorme tranquilamente ao meu lado e vou em direção da porta
- O Alpha morreu - Marsh apressado assim que abro a porta me causando um choque.
O Alpha da alcatéia do oeste era extremamente bondoso e justo me deixava viver como loba solitária em seu território e além de tudo era muito temido na região sua morte não poderia ser um bom sinal
- O-oi? Co-como? Quando? - falo rápido me atrapalhando com as palavras e Marsh vai em direção ao meu sofá e se joga nele
- Durante a noite ataque de crinos - Fala enquanto meche em seus cabelos revoltos. Crinos são seres repugnantes eles também são metade lobos metade humanos mas diferente do lobisomens os crinos não conseguem se tornar completamente lobo ou seja mesmo transformado ele vai ter uma aparência meio humanóide e diferentes dos lobos os crinos não tem consciência apenas sede de sangue quando estão transformado mas ainda sim se lembram de tudo o que fizeram - O Alpha estava em uma corrida e foi atacado Kevin estava com ele mas não conseguiu salva-lo achei que você deveria saber já que o concelho decidiu colocar um outro Alpha no lugar
- O que não Kevin é o beta ele que tem que assumir - digo preocupada já que a maioria dos Alphas não gostam de solitários principalmente que eles estejam em seu território
- O Supremo e o concelho acham o Kevin fraco de mais para cuidar de uma alcatéia desse tamanho então descidir nos unir com uma alcatéia menor a que é governada pelo Bellator  - dava pra sentir o cheiro de preocupação é indignação no ar Marsh não estava gostando disso
- Bellator? Que raio de nome é esse? - pergunto já que é um nome realmente estranho
- Sério você não sabe quem é esse? Você realmente é uma loba? - ele pergunta em tom de deboche
- Fui criada por um guardião caso tenha se esquecido - respondo jogando minhas pernas em cima de Marsh e meu tronco pra trás deitando no sofá
- Ele é um lobo que vem ficando muito famoso por sua.... - Ele exita é olha pra mim como se tivesse medo de continuar - han.. digamos impiedade, basicamente ele é cruel, mas segundo o concelho ele só "faz o que precisa ser feito
- Então.... - Eu começo depois de um tempo olhando para o teto  - Eu e bia vamos ter que nos mudar
- Talvez - Ele diz com um suspiro e gradativamente a sala é preenchida com um cheiro que só posso descrever como tristeza.
Tristeza por um homem bom ter morrido, tristeza por ter de deixar o lugar do qual mais se aproximou de uma casa pra mim, tristeza de ter que abandonar meus amigos, tristeza por se sentir sem rumo, tristeza por saber que Bia vai ter que dizer adeus de novo para outra casa, por não poder fazer nada, tristeza por estar a mercê.
- Vou indo pediram pra eu ajudar a organizar lugar para hospedagem da alcatéia do Ballator, não são mais que vinte lobos, mas ainda sim vai dar trabalho - O tom dele é meio contrário  como se estivessem obrigado ele a fazer isso - Mas achei melhor te avisar primeiro, tchau Charls.
Ele me abraça nós dois sabemos que esse pode ser a última vez que nos vemos como eu disse antes Alphas não gostam de solitários
- Se cuida maninha te amo - ele diz durante o abraço o cheiro de tristeza se mistura com saudade antecipada - se você precisar chama que eu e os meninos vamos na hora - Não queria que isso fosse uma despedida mas nós dois sabíamos que talvez depois não desse tempo para uma.
- Também te amo - digo apertando ele era como se eu tivesse me despedindo do Cristopher como se ele estivesse partindo novamente - te cuida e cuida da July da um beijo nela por mim
Ele vai embora nem acompanho ele até a porta só subo correndo para o quarto de Bia ela ainda dorme alheia a tudo me aconchego a ela e olho o teto que eu pintei como se fosse o universo e adormeço em meio a lembranças
Quando acordo novamente já está de tarde Bia não está do meu lado vou a sua procura e a encontro assistindo desenho enquanto Rupphus descansa a cabeça nas pernas da pequena criança.
- Tem mingau de aveia na cozinha - Bia diz sem tirar os olhos da tv, vou a cozinha e me sirvo do mingau que estava com uma aparência ótima
- Sabe que não gosto de você sozinha na cozinha - Digo enquanto provo do mingau que por sinal está ótimo me pergunto como Bia pode ser tão diferente de mim sendo criada pela mesma pessoa - Poderia se machucar
- Eu já grande sei fazer mingau - ela fala e faz cara de emburrada
- Bia, o que você acha da morar em outro lugar - pergunto exitante
- Não eu gosto daqui - Ela fala depois de um tempo
- Mas e se a gente for pra um lugar bem legal e bonito - digo tentando persuadir ela
- Eu não quero me mudar - Ela grita de repente e o cheiro de raiva me atinge como um tapa
- Mas nem tudo é como a gente quer a gente vai ir embora.e você não vai reclamar - digo com a voz alterada me deixando levar pelo cheiro da raiva dela
- Eu não vou embora, você é a pior irmã do mundo eu odeio você - ela grita e sai correndo pela porta
Me jogo no sofá me pergunto que horas eu levantei e como o mingau foi parar do outro lado da sala e em seguida o que eu iria fazer mas essas coisas perdem a importância quando eu lembro de uma coisa " Durante a noite ataque de crinos " levanto em um rompante e saio correndo atrás de Bia quando chego do lado de fora vejo que a cerca delimita o santuário está com a porta trancada então Bia foi para floresta aberta solto alguns palavrões enquanto corro começo a farejar o cheiro dela Rupphus do meu lado faz a mesma coisa.
Então eu escuto um rugido e logo em seguida um grito não qualquer grito o grito da Bia me cego pela raiva e me transformo corro como nunca corri antes começo a chegar em uma clareira vejo Bia de um lado é um bando de uns dez lobos do outro o menor era pelo menos um palmo mais alto que eu Rupphus começar a tomar sua verdadeira forma ele cresce seus pelos antes cheios e macios começam a ficar escassos e duros e em alguns pontos parte da pele aparece agora ele tinha o dobro do que parecia ser o líder daquele bando
Rupphus pula ficando do lado esquerdo de Bia e eu pulo pro lado direito formamos mais ou menos um v na frente dela encaramos aquele grupo e eles a gente os dois lados esperando quem ataca primeiro