Capítulo 1

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Capítulo 1

A lenda do Bosque

"Diz a lenda que aquele lugar era inabitável e que ali nem a força da luz chegaria até dentro do bosque."

A Formação do Reino

Cannis, uma terra localizada no centro do planeta Sirius, era conhecida como a parte acesa do globo, iluminada por uma estrela, Ringel. A outra parte do planeta era escura, sendo desabitada.

O maior grupo populacional de Cannis era chamado Antares, onde se estabelecia um reino, centralizado por um castelo construído de espelhos, cujas muralhas eram feitas de madeira.

Havia alguns povoados bem menores nos arredores de Antares, além de bastante vegetação, montanhas e um lago, que levava ao bosque. A partir de certa parte do lago, ninguém ousava velejar até o final, seu fim a olho nu dava em frente a uma região fechada por árvores e, após isso, o silêncio imperava.

Nunca houve nenhuma história ou relatos do que poderia ter após seguir a velejar no lago. Isso até Cornel, em busca de sua filha Jane, desbravar o lago. Era nesta primeira região do lago que Cornel, pescador de Eris, tirava os peixes para alimentar o reino de Antares.

Antares era liderada pelo Rei Venércio, um rei aclamado por todos os habitantes de Cannis e seus povoados. Ele era um rei justo e, por esse motivo, o povo o aclamava, ele era uma autoridade que imperava para colocar a ordem do lado da terra onde havia luz e habitavam as civilizações.

Antares estava cercada por três povoados: Eris, ao sul, conhecido por seus pescadores; Pisium, a oeste, famoso devido a sua agricultura; e Ceres, a leste, a cidade dos artesãos – quatro civilizações que na prática eram governadas pelo poder do mesmo rei.

Venércio, o rei de Antares, tinha dois filhos, os herdeiros do trono: seu filho mais velho, Herculis, que imperava junto ao seu pai, usando sua caridade aos povos, e seu irmão Aldebaram, o filho mais novo, que era o líder dos exércitos e que colocava a ordem entre os povoados.

Venércio, sempre que podia, estava passeando por Antares e pelos povoados das cercanias, sempre conversando com os povos e sanando os problemas que ali existiam, pois quanto mais distante do reino era o povoado, mais carência de cuidados tinha. Ele, sendo justo, gostava de resolver as questões de Cannis.

O Rei Venércio dera nome à região onde ficava o bosque e o lago de Eris porque daquela região ele tirara a madeira para construir seu castelo, junto com seus serviçais. Nomeou também Pisium por sua agricultura e Ceres por seus artesanatos.

De Eris, na região do lago, o Rei Venércio retirou também o espelho para a construção do seu castelo. A esta parte final de Eris ele chamou de "o lago dos espelhos".

Numa certa tarde, Venércio em uma de suas visitas às cidades, ao passar por Eris, parou para beber um pouco de água no lago. Ao inclinar-se para apanhar a água em suas mãos, subiu à terra um peixe todo feito de espelho e, ao pegá-lo em suas mãos, refletiu no lago um mundo de fantasias, e uma luz se acendeu tornando o lago em um clarão que ele nunca havia visto.

Havia no reflexo do lago animais de muitas espécies e vegetações perfeitas. Este mundo de fantasias ficou preso em sua memória, pois o rei nunca havia vislumbrado tanta perfeição, pássaros gigantes voando, animais terrestres e aquáticos em uma magnitude de beleza que o próprio e nem qualquer outro que ali habitava já vira igual.

Quando Venércio, encantado com o que havia se passado em sua mente voltou a fixar sua visão se inclinando novamente para olhar, aquele clarão no lago havia desaparecido. Ficou procurando, impressionado com tanta beleza, sentiu vontade de conhecer aquele lugar. "Mas onde será este lugar?", pensou ele.

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⏰ Last updated: Feb 15, 2018 ⏰

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Kenbell e o lago dos espelhosWhere stories live. Discover now