Capítulo 24

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Dois capitulos! Divirtam-se!

O sol ainda estava quente já próximo a se pôr, sabia onde ficar, porém não sabia exatamente o que fazer quando chegar. Sammy estaria a minha espera.

A rua se congestionou a cada proximidade da cidade, pessoas andavam em forma de protesto, e minha tentativa de entrar só os causava indignação. Com dificuldade avistei um local de estacionar entrando neste pequeno lugar e abrindo a porta para poder sair, meus ouvidos captaram gritos, e exclamações faladas em uníssono. Esperava que as palavras contra as diferenças não chegassem a serem proclamas enquanto estivesse naquele local.

Meu celular vibrou e levei-o até o rosto.

— Onde está?

— Num estacionamento, próximo a praça lotada. — Falei olhando ao redor.

— Não saia daí, estou chegando. — Sorri desligando o telefone em seguida.

Minha cabeça doía um pouco ao ouvir tanto barulho, o cansaço estava me atrapalhando, dirigir por horas era ter coragem mesmo sendo poucas horas no meu caso. Onde estaria Ele no momento? Não acreditava na coincidência de ter que vir ao mesmo lugar que eu em semana de trabalho.

— Achei que demoraria mais. — Uma voz me fez saltar levemente, girei para vê-lo, os cabelos estavam mais bem cortados que antes. Meu sorriso se abriu e os dele também destacando as sardas de seu nariz.

Meu corpo foi abraçado pelo dele e retribuí aquele abraço.

— Achei que nunca cortaria o cabelo.

— Nossa é assim que me recepciona? Nem um "Que saudade Sam!"?— Ele fez uma careta se afastando de meu corpo.

— O meu Deus que saudade Sam! — Repeti com falsa animação.

Ele fuzilou-me com os olhos.

— Você está se tornando uma falsa.

— E você não perde seu ego Leãozinho. — Ele revirou os olhos mostrando sua arcada branca. — O que está acontecendo?

Nossos passos começaram após Sammy pegar minha bolsa de roupas sem minha autorização.

— Tudo o que falei. — Suspirou olhando para o céu como se esperasse o anoitecer. — Quando escurecer será pior.

Coloquei a mão em seu peito parando-o. Ao pensar nesta hipótese.

— Pior quanto? — Seus olhos castanhos mel encararam-me com tristeza.

— Pior ao ponto de eles desfilarem com tochas em plena avenida profanando palavras de ódio. — Ele coçou a barba avermelhada. — Olha sei que temos que sair a noite para investigar, mas você vai ter que dar um jeito de se disfarçar.

— Que? — Teria que esconder o que sou?

Sammy balançou a cabeça olhando algumas pessoas com bandeiras LGBT's como se soubesse que algo poderia atingi-las a qualquer momento.

— Escute, é para sua própria proteção o disfarce, ontem mesmo teve brigas. — Seu tom abaixou. — Alguns dele podem querer fazer algo a você, a violência piorou aqui e o presidente não quer saber de nada.

Mordi os lábios nervosa.

— Tudo bem, mas precisamos sair daqui então se quando anoitecem eles saem, precisamos nos infiltrar aqui.

Ele assentiu sério.

— Com certeza. Venha comigo.

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A InfiltradaOnde histórias criam vida. Descubra agora