O estranho da rua 7

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Estava voltando da escola, em apenas mais um dia normal —e entediante, devido à escola, que era chata e rígida demais—. Entro em minha casa, é lá estavam minha mãe e minha avó. Meu pai não estava, porque há alguns anos atrás, o mesmo havia falecido, devido à uma parada cardíaca.

— Cheguei, mãe. Boa tarde, vó.

Subo as escadas um pouco longas até o corredor do segundo andar. Ao chegar no corredor, me deparo com o objeto que me fazia gelar sempre que eu o visse: a cadeira de balanço do antigo morador. Eu não sei porque tenho medo de uma simples cadeira de balanço, acho que é porque essa é uma visão bem assustadora que os filmes de terror nos passam. Também não sei porque minha mãe não quis jogá-la fora, mais tarde perguntarei para ela. Coloco minhas coisas no local adequado e entro no banheiro para tomar meu banho. assim que termino minhas higienes, ouço minha mãe gritando.

— Vem comer, antes que seu almoço fique frio!

Coloco uma roupa bem caseira mesmo, e deço as escadas correndo para almoçar.

[...]

Termino de comer, e então subo novamente as escadas —correndo de novo— para ir escovar os dentes. Eu estava tão apressado, que quase não me dei conta de um detalhe: a cadeira de balanço não estava na mesma posição. Fito a cadeira durante um tempo, estranhando a situação. Deve ser apenas uma impressão, a vó deve ter sentado aqui antes. Entro no banheiro, e depois de escovar os dentes, me deito em minha cama, e penso um pouco.

"Será que devo fazer amigos aqui? Esta cidade é um pouco estranha, de fato, mas não possui viver aqui sem pelo menos a companhia de um amigo."

Mãããe! Eu vou sair pra conhecer um pouco a cidade, 'tá bom?

Do meu quarto, eu ouço a minha mãe concordando com um "Uhum", então coloco alguma roupa apropriada para sair. Afinal de contas, eu não podia sair por aí de cueca e blusa larga. Assim que fico pronto, vou até o andar de baixo e saio de casa às pressas. Plugo meu fone em meu celular e coloco umas músicas que eu curtia —claro que no volume máximo—. Permaneço andando por mais uns 10 minutos quando vejo uma placa que possuía uma seta que estava apontando para a rua ao lado. Nela estava escrito:

Rua Número 7

Obviamente, eu virei na rua, já que não tinha outra saída. Ao virar me reparo com uma descida enorme, que levava até o brejo da praça. Por algum motivo que não estava claro nem para mim, aquela rua, era a que mais me chamou a atenção. Vejo um menino um tanto estranho vindo em minha direção, mas continuei andando normalmente. Ele se vestia de forma "gótica", por assim dizer: blusa cinza, casaco preto, calça perta rasgada de leve e tênis branco. Achei um pouco exagerado o tom escuro, mas estava bonito, na moda. Ao passar por ele, esbarro no mesmo, chocando nossos braços. Assim que encostamos nossos braços, eu sinto uma ardência pouco forte e aguda, e faço uma expressão dolorosa, e ele havia feito o mesmo que eu. A sensação, era de que cortes foram feitos na região do meu braço, pouco antes da veia, até o pulso, e ardiam ao tocá-los. Por curiosidade, dou meia volta, para ver o menino de novo, então vou atrás do mesmo.

Espere aí, eu – Fui interrompido por uma sensação de ardência enorme, e bastante torturante. Faço uma expressão dolorosa, semelhante à que foi feita poucos segundos atrás. O garoto também a faz, porém disfarça um pouco, ou não. Parecia que ele já estava acostumado com aquela dor. Por impulso, puxo a manga do casaco dele, e é aí que eu me impressiono: haviam cortes feitos ali, como aqueles que pessoas depressivas fazem, quando passam por algum momento difícil e essas coisas que todo mundo de hoje sabe.

O garoto solta minha mão do seu casaco, que volta para o lugar. Chego até a sentir o casaco tocando em minha pele, aquela era uma sensação estranha. Como se eu sentisse toda a dor daquele garoto, porém, sentia à flor da pele, literalmente...

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Ooi amorezinhos :3

Então, essa é a minha primeira fic, e eu espero que dê certo.

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Byee e até o próximo capítulo sz

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covered; KaiSooWhere stories live. Discover now