PUTAMENTE RESOLVIDA

Capítulo 1

   -Que porra é essa aqui, quer morrer, fi - Digo já nervosa vendo uns playbas entrar sem mais nem menos pela porta da frente da minha casa.

  - Calma senhora, seu pai me mandou aqui - Escuto cada palavra e começo a rir.

  - Agora eu tenho pai, conta outra - Digo rindo sem parar.

  - Se você tem ou não, não é problema meu, mais um cara mandou nós pra cá - Diz e me irrito.

  - Você acha que ta falando com quem, me respeita porra - Digo colocando a mão na cintura onde tava minha arma.

- Calma ae pô, a patricinha usa arma ? - esse muleke tá pedindo pra morrer.

- Ta vendo não porra, agora rala vai, to sem paciência - Digo logo de inicio para que eu não deixe este cara igual uma peneira.

- Precisamos conversar é serio, teu pai abandonou a boca já fazem 5 meses, achamos que ele ia voltar, mas não ele pediu para passar tudo o que ele tinha, pouco por que ele fudeu tudo, pra você. - Disse um homem de meia idade já.

Ótimo.

- Que maravilha fode a porra do império do meu avô, mata o mesmo, depois quer passar a bomba pra mim, nem fudendo que eu pego essa responsa não.

- Vai deixar, tudo o que teu avô construiu sair por água a baixo, dá pra salvar ainda - Disse o mesmo homem que chegou folgando. 

- Meu pai não quer uma mulher comandando o que era dele, certeza, ele me disse isto a minha vida toda. - Digo com um fundo de rancor.

- Então mostre pra ele que esta mulher é capaz de muita coisa, que ele não foi. - to gostando mais deste cara, talvez eu dê só um tiro na cabeça.

- Preciso de um tempo para largar tudo aqui na pista, mas já sou dona daquela porra viu, só  um tempo. - Digo determinada - Agora rala vai, tenho muita coisa á resolver.

 Assim que eles sairão, mesmo pensamento foram para minha dinda, Dona Helena iria pirar com essa ideia, mas eu vou provar pro meu pai aonde ele estiver, que sou melhor que ele, vou provar que ele não precisa de um herdeiro homem, para comandar aquele porra. 

       Sempre culpou minha mãe de eu ter nascido mulher, ele dizia que precisava de um homem para herdar o império dele - que no caso nunca foi dele, e sim do meu avó por parte de mãe, que fez a mesma burrada de não deixar minha mãe herdar - e quando a bomba aperta ele passa pra mim sem mais ou menos, filho da puta.

  -  Cheguei filha, tá bem? - Pergunta me olhando - Eu trouxe pão de queijo, quer ? - nego.

- Dinda precisamos conversar - respiro fundo.

- Tá me assustando menina, fala logo - diz sem paciência 

- Vou pro morro - Digo no fim.

- QUE, Luíza tu vai mesmo ? não por favor - Diz implorando, porra dona Helena não faz isso.

- Dinda, vai dar tudo certo, o Marcelo abandonou tudo, tudo o que meu avô lutou pra fazer, eu tenho que ir, por favor me apoia - Digo.

- Eu nunca vou aceitar este destino teu, quer ir pode ir - Diz ela.

- Tudo bem - digo baixinho.

- Cancela sua faculdade, curso, compromissos -Ela diz. - Que dia você vai ? - Pergunta.

- Amanha, aquilo deve estar uma bagunça - Digo. - Estou tão cansada, vou me deitar - Dou um beijo nela. - Boa noite.