Fevereiro, carnaval.
Cigarro em mãos - Primeiro trago
Talvez, um dia eu diga a alguém o que acontece
o que eu penso e o que tanto me preocupa.
Talvez, um dia eu deixe essa modéstia de lado
e mostre o valor que julgo ter.
Talvez, um dia eu pare de ser eu
ou pare de tentar ser quem me rodeia.
Sento-me - Segundo trago
O cigarro não me dá brisa alguma
mesmo em longos tragos
tudo que sinto é a lenta falência de meus órgãos
e a sensação de estar cometendo suicídio da pior forma.
Como o meu corpo se cansa a cada trago
e a morte parece espreitar nesta escuridão.
Deito-me - Terceiro trago
O céu é sempre lindo, estrelado
limpo ou nublado, nunca me falta corpo algum
há dias que são apenas dois ou um, mas
não faz mal algum. Este é meu último ato.
d i f i c i l d i z e r
até pensar agora é eshatonr.
dormirei aqui mesmo, não espero ver o amanhecer.
foi bom lhe conhecer.